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Sites chineses censuram atribuição do galardão a Liu Xiaobo

florindo

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Out 11, 2006
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A atribuição do prémio Nobel do Paz ao dissidente chinês Liu Xiaobo, hoje, sexta-feira, anunciada, está a ser totalmente ignorada pelos principais sites de informação e motores de busca da Internet na China.

Quando feita uma simples pesquisa com as palavras-chave "prémio Nobel, paz e Liu Xiaobo", os resultados são nulos nos principais portais de informação e nos motores de busca chineses como é o caso do Sina, Sohu e Baidu, segundo a agência de notícias francesa AFP.

A censura também é visível no site Weibo, uma rede social similar ao conhecido Twitter, referiu ainda a AFP.

O jornal da tarde da televisão estatal CCTV ignorou igualmente a atribuição do galardão ao dissidente político, abrindo o espaço informativo com as inundações na ilha chinesa de Hainan.

Liu Xiaobo foi distinguido pela luta "longa e não violenta pelos direitos fundamentais da China", anunciou hoje o Comité Nobel Norueguês.

O dissidente chinês está preso há quase dois anos, pela terceira vez, por actividades consideradas subversivas.

Liu Xiaobo, uma das principais figuras dos protestos de Tiananmen, em 1989, foi condenado em Dezembro passado por um tribunal de Pequim a 11 anos de prisão, acusado de ter tentado "subverter o Governo".

Pequim afirmou já que a atribuição do Nobel da Paz a Liu Xiaobo pode prejudicar as relações entre a China e a Noruega, considerando mesmo que a distinção do dissidente "é totalmente contrário aos princípios" deste galardão.

Liu Xiaobo junta-se, assim, a uma galeria de notáveis onde figuram Barack Obama (2009), Kofi Annan (2001), Ximenes Belo e José Ramos-Horta (1996), Nelson Mandela e Frederik Klerk (1993) e Aung San Suu Kyi (1991), entre outras personalidades e organizações internacionais.

JN
 
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