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Três vítimas de violador exigem 450 mil euros

florindo

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Pelo menos três das vítimas do violador de Telheiras já começaram a fazer chegar ao tribunal os pedidos de indemnização. Por sua vez, a defesa do arguido está a tentar provar a diminuição da responsabilidade criminal, alegando desequilíbrio mental.

No conjunto, já entraram em tribunal três pedidos de indemnização de 450 mil euros, sendo dois de 75 mil euros e outro de 300 mil, soube o JN. E pelo menos cinco vítimas já se constituíram como assistentes no processo.

O estatuto de assistente permite às vítimas ter um papel mais interventivo durante o processo e a manter, durante a fase de julgamento, um advogado que normalmente acompanha a acusação do Ministério Público e ajuda a incriminar o arguido.

A estratégia de defesa do arguido, Henrique Sotero, que era consultor numa empresa de televisão por cabo, está na redução do "grau de culpa", o que conduziu à abertura da instrução, por determinação do juiz de instrução. De acordo com o despacho judicial que abriu a instrução, "não foi posta em causa pela defesa a imputabilidade do arguido, mas apenas defendida a tese da imputabilidade".

Em causa estará a apresentação da prova para concluir que Henrique Sotero tem um grau de culpa inferior ao determinado pela acusação; a defesa queria trazer à instrução o médico psiquiatra António José Albuquerque, para ser ouvido na instrução na condição de consultor, tal como tinha sido requerido pela defesa, argumentando com o artigo 155º do Código de Processo Penal. No entanto, o Instituto de Medicina Legal (IML), responsável pelas perícias médico-legais a Henrique Sotero, não aceitou a presença do psiquiatra, que acompanhou clinicamente o suspeito de violação meses antes de este ser preso.

O psiquiatra que assistia Sotero ficará, assim, resumido a apresentar um relatório complementar do IML, esse sim com carácter decisivo, que deverá estar concluído na próxima semana.
Contudo, os alegados desequilíbrios compulsivos de Sotero são contestados pela PJ e pelas vítimas, tanto mais que um calculismo extremo acompanhava a prática dos crimes. Sotero, por exemplo, tinha o cuidado de limpar com a sua roupa ou a das vítimas todos os vestígios orgânicos que pudessem levar à sua identificação.

JN
 

florindo

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"Violador de Telheiras" está arrependido, diz advogado do arguido

Henrique Sotero, conhecido como "Violador de Telheiras", começa na sexta-feira a ser julgado, em Lisboa, por 11 crimes de abusos sexuais e, segundo o seu advogado, está arrependido e consciente dos actos que praticou.

António Pereira da Silva, advogado de defesa de Henrique Sotero, garantiu à Agência Lusa que o seu cliente "está arrependido do que fez e consciente da ilicitude dos seus actos".

"O meu cliente tem perfeita consciência da ilicitude e a defesa nunca tentará branquear o que não tem branqueamento possível", afirmou o advogado, que espera que os juízes sejam "ponderados, sensatos e com experiência de vida".

Henrique Soterro, um engenheiro químico de 30 anos sem antecedentes criminais, está acusado de 11 violações, alegadamente sete casos ocorridos em Telheiras, três em Alfragide e um em Oeiras, tendo sido detido a 05 de março de 2010 pela Polícia Judiciária no seu local de trabalho.

"Estamos empenhados em contribuir para um julgamento justo, em que todas as circunstâncias que rodearam a prática dos crimes sejam consideradas", assegurou Pereira da Silva, garantindo que o arguido "está calmo".

O Código Penal define que "quem, por meio de violência ou ameaça grave, cometer crimes sexuais, definidos na lei como o ato de constranger outra pessoa a sofrer ou a praticar, consigo ou com outrem, cópula, coito anal ou coito oral; ou a sofrer introdução vaginal ou anal de partes do corpo ou objectos, é punido com pena de prisão de três a dez anos".

O julgamento de Henrique Sotero vai decorrer nas Varas Criminais, no Campus da Justiça de Lisboa.

Jornal de Notícias
 
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