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Fernando Rosas abandona Parlamento

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O deputado do Bloco de Esquerda Fernando Rosas vai abandonar o cargo de deputado à Assembleia da República no final de Outubro e dedicar-se exclusivamente às suas funções de historiador e académico, sendo substituído pelo bloquista Jorge Costa.

"A ideia e a necessidade de abandonar o Parlamento amadureceram no meu espírito no corrente ano, acho que todas as pessoas devem saber qual é a sua altura de sair, para darem lugar a gente mais nova", afirmou Fernando Rosas à Agência Lusa sobre esta decisão tomada há já vários meses conjuntamente com a direção bloquista, mas que só agora quis tornar pública.

Fernando José Mendes Rosas, de 64 anos, antigo militante comunista e do PCTP/MRPP, esteve na fundação do BE e foi deputado pela primeira vez em 2000, tendo sido também o candidato apresentado pelos bloquistas à Presidência da República em 2001.

O seu substituto no Parlamento será Jorge Costa, número três na lista por Setúbal nas eleições legislativas de 2009, que era liderada por Rosas.

Jorge Costa, antigo dirigente do Partido Socialista Revolucionário (PSR) (liderado por Francisco Louçã), é membro da Comissão Política do BE e um dos elementos fundadores do partido, tendo sido até agora o principal responsável pela organização de iniciativas e campanhas eleitorais.

Fernando Rosas disse ter sido sua "a iniciativa de sair", lembrando que o partido sempre teve a rotatividade no grupo parlamentar como princípio, justificando ainda que tem "uma grande acumulação de trabalho" na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde é professor catedrático (tendo sido convidado para dirigir o curso de doutoramento em História, para além de coordenar mestrados) e preside ao Instituto de História Contemporânea.

"Esta acumulação (universidade e Parlamento) é impossível e também não escondo que se levasse este mandato até ao fim sairia do Parlamento com 67 anos, a três do jubilamento, e eu quero ficar e dar mais tempo à universidade", referiu.

O ainda deputado do BE alegou que com a sua saída e a entrada de Jorge Costa se "faz justiça", visto que nas últimas legislativas só "os cadernos inflacionados artificialmente pelo número de eleitores fantasma" impediram a sua eleição.

"Saio do Parlamento, mas continuarei nos órgãos directivos do BE enquanto os meus camaradas assim o entenderem, continuarei a fazer política, que faço desde muito novo, estive na luta na resistência à ditadura, fui preso várias vezes...enfim, a política é a vida, mesmo quando me reformar da faculdade vou continuar na política, sempre em actividade", acrescentou.

Rosas fez ainda questão de exprimir "a grande honra" que sentiu em representar no Parlamento o distrito de Setúbal, pelo seu passado social e político "de grandes tradições de luta pela democracia, pela emancipação social e resistência à ditadura", dizendo esperar poder "continuar a servi-lo".

JN
 
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