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Ronaldo volta a sorrir

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já ninguém se lembra do "perguntem ao carlos"

Um sorriso pode não marcar golos, mas reflete o estado de espírito de um homem, neste caso, futebolista. E o que se viu sexta-feira à noite, no Estádio do Dragão, foi um Cristiano Ronaldo de novo sorridente, bem-disposto, feliz, o que não acontecia, na Seleção Nacional, há algum tempo.

Ninguém esquece o rosto fechado, de poucos amigos, com que Ronaldo passou pela zona mista após o jogo com Espanha, no Mundial da África do Sul, logo após a eliminação de Portugal. “Perguntem ao Carlos”, disse ele, quase num resmungo, quando os jornalistas quiseram ouvir as palavras do capitão da Seleção Nacional em momento tão importante. No Dragão, pelo contrário, Ronaldo parou para falar com os jornalistas, cumpriu a sua obrigação de líder da equipa mas, mais importante que isso, voltou a ser o jogador desequilibrador dentro do campo que Portugal necessita.

Jogo consistente

Há muito tempo que Cristiano Ronaldo não tinha um desempenho tão consistente num jogo da Seleção Nacional. À primeira vista, até pode ter parecido pouco, porque os golos de Nani valeram-lhe ser alvo maior dos holofotes da noite, mas os números do trabalho do CR7 são significativos.

Ronaldo conseguiu nada mais nada menos que 11 remates, dos quais 6 foram dirigidos à baliza contrária e 1 resultou em golo. Aliás, o guarda-redes Lindegaard foi responsável por ter negado a alegria maior ao avançado português pelo menos em 3 dos restantes 5 remates à baliza. E Ronaldo ainda assistiu Nani no primeiro golo de Portugal.

Para se perceber melhor a importância dos números de Ronaldo no jogo com a Dinamarca, basta olhar para o total da equipa: 22 remates (11 de Ronaldo), dos quais 14 à baliza (6 de Ronaldo).

Culpa de Bento

Não é preciso entrar por caminhos especulativos para perceber que a resolução dos problemas que assolaram a Seleção Nacional depois do Mundial da África do Sul, com a troca de Carlos Queiroz por Paulo Bento, teve um peso enorme nesta pequena metamorfose de Ronaldo.

Paulo Bento teve pouco tempo para trabalhar com os jogadores mas aproveitou-o bem, está claro de ver. Transmitiu ideias claras e precisas, motivou os jogadores para uma missão, apelou à sua capacidade individual e coletiva, mas, acima de tudo, retirou-lhes o peso da responsabilidade de cima, assumindo-o para ele.

Ronaldo, há que dizê-lo, também poderá ter sido vítima de uma demasiada proximidade a Carlos Queiroz, pelo tempo que passaram juntos no Manchester United. Agora, com Paulo Bento, é um jogador igual aos outros. Igual, mas diferente. Com um sorriso.

RC
 
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