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Contas públicas podem deteriorar-se no final do ano

florindo

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Análise económica de Outubro aponta para um andamento igual ao do final de 2009 para a economia portuguesa

Se entre Setembro e Dezembro deste ano a economia portuguesa registar um andamento semelhante ao de 2009, então o défice público de 2010 será cerca de 2,4 mil milhões de euros superior ao previsto.

A estimativa é do banco BPI, publicada no seu relatório mensal sobre análise económica e previsões de médio e longo prazo, na qual refere que a transferência do fundo de pensões da Portugal Telecom "parece apontar para a possibilidade de repetição dos últimos quatro meses de 2009".

No entanto, o banco refere que "2010 poderá ser um pouco melhor" que os 8,3% de défice inicialmente previsto, sem medidas adicionais. A receita fiscal produzida pela subida das taxas do IVA e do IRS e o congelamento salarial da função pública (PEC II, que entrou em vigor em Julho) tem efeitos estimados em 0,7% do PIB. "Portanto, sem medidas adicionais, o défice público em 2010 ter-se-ia mantido em 8,2%, próximo do objectivo inscrito no OE 2010 original e a despeito do melhor desempenho da economia."

Olhando para a Administração central mais Segurança Social, o banco realça o défice de 7,38 mil milhões de euros de Janeiro a Agosto, que compara com um objectivo de 13,4 mil milhões de euros. Portanto, existe uma folga de 6,02 mil milhões até final do ano. "Ora", salientam os analistas do BPI, "em 2009 verificava-se no mesmo período uma folga de 8,4 mil milhões. Portanto, a deterioração das contas públicas verificada nos últimos meses de 2009 arrisca repetir-se em 2010".

No capítulo das perspectivas globais e principais factores de risco para a economia portuguesa, a equipa do BPI refere que "os riscos de desaceleração da actividade económica no segundo semestre do ano intensificam-se, pois aos factores já conhecidos alia-se a intensificação do clima de desconfiança nos mercados financeiros internacionais para com os activos portugueses e a implementação já este ano de algumas das medidas de austeridade anunciadas pelo Governo no âmbito do Orçamento de Estado para 2011".

Para estes analistas, as taxas de juro tenderão a manter-se reduzidas, o mercado da dívida persiste suportado e "os mercados accionistas apresentam-se moderadamente optimistas pela persistência de abundância de liquidez e procura sustentada pela onda de investimento infra-estrutural nas economias em desenvolvimento".

O relatório do BPI adianta ainda que a permanência das fragilidades nos mercados financeiros tem riscos "descendentes" para a economia.

DN
 
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