• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Portugueses enganados na Net em mais de 2,5 milhões de euros

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
O crime informático movimenta mais dinheiro que o tráfico de droga. Só em Lisboa, a PJ abriu este ano processos-crime que indiciam uma perda de mais de dois milhões e meio de euros para as vítimas.

Em declarações à agência Lusa, o inspector da Polícia Judiciária (PJ) responsável pelo combate à criminalidade informática, Rogério Bravo, disse que "entre Janeiro e Outubro deste ano o crime económico de 'phishing' representou mais de dois milhões e meio de euros".

O 'phishing' consiste em enviar um e-mail apresentando-se como um negócio legítimo, numa tentativa de levar o destinatário a divulgar informação pessoal e sensível (palavras-chave, números de cartão de crédito e informação bancária) após o ter levado a visitar um website. No entanto, o sítio na Net não é genuíno e é criado com o único propósito de roubar informação ao utilizador.

Em Portugal os principais crimes cometidos através do uso de um computador são o 'phishing' e os crimes contra crianças (como pornografia de menores), disse o responsável da PJ à margem da apresentação de um relatório sobre cibercrime.

O estudo, realizado a mais de sete mil pessoas, concluiu que dois em cada três utilizadores de internet já foram vítimas de cibercrime, mas como a maioria não acredita que os criminosos alguma vez sejam levados à Justiça estes delitos são poucas vezes comunicados à polícia.

"O cibercrime move a nível mundial mais dinheiro que o narcotráfico", acrescentou, em declarações à agência Lusa, Javier Ildefonso, director de Marketing da Symantec Ibérica, empresa responsável pelo relatório.

"Tatuagem digital"

O inspector da PJ lamentou que Portugal não faça parte "da lista das fontes utilizadas para o estudo", deixando um repto aos responsáveis: "Gostávamos de ter uma oportunidade de constar neste tipo de inquéritos, já que não existe nenhum no nosso país".

Em Portugal, os dados que existem são os das queixas que chegam à PJ. E os números revelam que "neste momento não há nenhum cibercriminoso preso em Portugal", segundo informação do inspector, que garante que "já houve vários" detidos.

Rogério Bravo lamentou que as "pessoas não percebam que quando se ligam à internet perdem a privacidade".

"Tudo o que se escreve na internet vai ficar na internet para sempre", alertou o espanhol Javier Ildefonso, lembrando que é uma espécie de "tatuagem digital", para a qual "não existe nenhuma cirurgia a laser para a remover".

Sobre a alteração da lei do cibercrime, que faz agora um ano, Rogério Bravo considera que "ainda é muito cedo" para fazer uma avaliação das mudanças: "ainda estamos à espera de ver os reflexos da nova lei" mas parece estar a dar resultados", disse.

JN
 
Topo