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Mota-Engil não tem problemas com transferência de capitais para Angola

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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A construtora portuguesa Mota-Engil, a mais antiga a operar no mercado angolano, não está a enfrentar obstáculos para a transferência de verbas para fora de Angola, disse hoje à Agência Lusa um responsável pela empresa em África.
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Soares Monteiro, membro da Comissão de Desenvolvimento Internacional (CDI) da Mota-Engil e responsável pela área financeira da empresa em Angola mostrou-se hoje indignado com a denúncia feita pela Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP) de dificuldades nas construtoras portuguesas em Angola para transferir verbas bem como no recebimento de dívidas em atraso.

"Quem cumpre a lei cambial angolana não tem qualquer problema em transferir verbas para o exterior e é errado generalizar-se a ponto de parecer que todas as empresas enfrentam problemas", disse Soares Monteiro, sublinhando ainda que os pagamentos de dívidas em atraso assumidos pelo governo de Luanda estão a decorrer conforme o planeado.

No entanto, Soares Monteiro admite que possam existir "algumas empresas" que estejam a enfrentar problemas para cumprir com os requisitos da lei cambial angolana "por vezes em resultado de má informação ou falta dela".

Isto, porque, para proceder a transferências de divisas, as empresas são obrigadas a deter um contra-valor em kwanzas, a moeda nacional, o que, por vezes, pode não acontecer.

Soares Monteiro disse ainda ser essencial para perceber a forma como é feita a transferência de divisas ter em conta a analogia com as pessoas, porque "o dinheiro também precisa de visto" para sair e é o banco Nacional de Angola (BNA) que emite esse visto(licença de exportação de divisas).

Ora, como, explica Monteiro, "nos últimos dois anos muitas empresas acumularam dívidas em atraso e é natural que ocorra uma sobrecarga de pedidos do tal visto(licença de exportação de capitais) no BNA e que isso envolva atrasos.

"Mas não existem quaisquer obstáculos por parte das autoridades angolanas à transferência de verbas desde que os requisitos legais sejam cumpridos", afirmou Soares Monteiro.

Esta posição da Mota-Engil surge em sintonia com outras duas das mais importantes construtoras a operar em Angola já hoje ouvidas pela Lusa, entre estas a Somague.

Em finais de 2009, o governo angolano assumiu existirem cerca de 2,5 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) de pagamentos em atraso às construtoras, mas no seguimento da visita do Presidente Cavaco Silva a Angola, no verão passado, foi assinado o acordo de reescalonamento da dívida.


Fonte: Jornal de Negócios
 
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