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Distrito do Porto soma um quarto dos desempregados

florindo

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Que a região Norte tem das maiores taxas de desemprego do país é já recorrente. Mas só o distrito do Porto concentra um quarto de todos os registados nos centros de emprego do Continente. Juntando Braga, encontra-se um terço dos que estão sem trabalho.

Em redor do distrito do Porto vive um quarto de todos os inscritos no Continente (os dados do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, o IEFP, excluem as regiões autónomas); e a percentagem sobe para um terço se se somar o distrito de Braga.
Não é só a concentração do desemprego na faixa litoral do Norte que se destaca: de acordo com os números de Agosto, estas pessoas têm menos qualificações e estão desempregadas há mais tempo do que no resto do país.

O cenário do desemprego na região tem sido apontado repetidas vezes e até comparado a Setúbal dos anos 80, cuja taxa de desemprego de 20% levou à criação do Programa de Desenvolvimento Integrado para a Península de Setúbal - estratégia que não foi adoptada para a região Norte.

As características dos desempregados da região, contudo, deixam patente a dificuldade em voltar ao mercado de emprego. Logo à partida, quase um terço (30%) dos desempregados portugueses que não estudaram além da antiga quarta classe vive no Porto. Mas, percorrendo também Braga, encontram-se dois em cada cinco (41%) dos desempregados que, na melhor hipótese, terminaram o 1.º ciclo do básico - quatro anos de escolaridade, contra os nove que são, há anos, a escolaridade mínima obrigatória em Portugal.

No outro extremo da instrução escolar estão as pessoas com ensino superior. Quase um terço dos licenciados (ou mais) que não estão a trabalhar e se inscrevem nos centros de emprego vive nos distritos do Porto e de Braga.

Longa duração é problema

Quanto mais tempo as pessoas ficam desempregadas, mais difícil, por norma, é voltarem a trabalhar. É por isso que se dá tanta importância à duração do desemprego.

A estatística oficial, do INE, diz que mais de metade dos desempregados não trabalha há mais de um ano (desemprego de longa duração), mas muitos já não estão inscritos nos centros de emprego, por exemplo, por já não terem direito a subsídio de desemprego.

Assim, diz o Instituto de Emprego que a maior parte dos seus inscritos (59%) o está há menos de um ano; no distrito do Porto, contudo, o peso dos que não trabalham há mais de um ano já vai em metade. E a percentagem chega aos 57% em Santo Tirso, por exemplo. E é no distrito do Porto onde vive um quinto dos inscritos de longa duração do país.

JN
 
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