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Extinção da Metro Mondego é uma "ferida de morte no projecto"

aiam

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Mai 11, 2007
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Presidente da empresa, Álvaro Maia Seco, demite-se hoje do cargo. Governo não informou as autarquias, também accionistas, da decisão.


Uma decisão "incompetente, irresponsável e cínica". É assim que o presidente da sociedade Metro Mondego (MM), Álvaro Maia Seco, classifica a intenção do Governo de extinguir a sociedade e de transferir as responsabilidades de execução do metro ligeiro de superfície para a Refer. Por considerar que o Governo está a "ferir de morte" o projecto, Álvaro Maia Seco anunciou ontem a intenção de se demitir do cargo. Os autarcas de Coimbra e Miranda do Corvo lamentam não ter recebido qualquer informação do Governo sobre o assunto.

Apesar de ainda não serem conhecidas as implicações que a extinção da MM e a transferência de responsabilidades para a Refer vão ter no projecto, a proposta de extinção da sociedade, que consta da proposta de Orçamento de Estado para 2011, motivou ontem o anúncio de demissão de Álvaro Maia Seco. O também vereador do PS na autarquia de Coimbra acusou o Governo de "total desrespeito pelos cidadãos de Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra" e de estar a "ferir de morte o projecto".

"Não é aceitável faltar à palavra da- da aos utentes do ramal a quem foi garantido que o sistema ferroviário seria mantido. Não é aceitável jogar e gozar impunemente com as ex- pectativas dos agentes por pura irresponsabilidade e desprezo. Mas, ainda mais importante, o que está verdadeiramente em causa é mais uma machadada na credibilidade do Estado", afirmou, em conferência de imprensa realizada ontem na sede da empresa.

Álvaro Maia Seco diz não acreditar que o projecto seja desenvolvido tal como estava previsto, sustentando que a Refer, que vai assumir a responsabilidade de o desenvolver, "não tem nenhuma vocação para implementar e muito menos para gerir um sistema de transportes". "Infelizmente, a única coisa que posso dizer às pessoas é que, tal como elas, me sinto razoavelmente enganado por este Governo", declarou.

A autarca de Miranda do Corvo, Fátima Ramos, diz que só considera admissível a extinção da sociedade Metro Mondego caso o Governo assuma um caderno de encargos que garanta a conclusão da obra tal como foi prometido às populações quando o Ramal da Lousã foi encerrado. "Caso contrário é algo de extremamente grave e uma irresponsabilidade total", afirma.

Álvaro Maia Seco acusou ainda o secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, de uma "lamentável falta de profissionalismo e de ética", por não ter prestado qualquer informação prévia tanto às autarquias que detêm parte do capital social da empresa como à própria administração da sociedade.

Também o autarca de Coimbra e presidente da Assembleia Geral da Sociedade Metro Mondego, Carlos Encarnação, se queixou desta atitude. "Sendo a autarquia de Coimbra sócia da Metro Mondego, é extraordinário que não saiba nada sobre esta decisão antes de o Orçamento ser conhecido", afirma o autarca. Fátima Ramos acrescenta que era "obrigação" do Governo informar as autarquias.

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