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Especialistas médicos desfazem mitos criados sobre os riscos de saúde que os mineiros correram durante a operação de resgate. Falta de oxigénio na mina ou perigo de descompressão são exemplos de crenças que não correspondem à realidade.
A dimensão da cobertura mediática que envolveu a operação de resgate dos mineiros chilenos, depois de 70 dias presos na mina de San José, originou inúmeras histórias sobre os perigos de saúde que os mineiros tinham de enfrentar. Agora, os especialistas médicos dizem que muitas dessas histórias não passam de mitos e estão longe de corresponder à verdade.
"Tem havido muita especulação sobre coisas diferentes", disse James Polk, director médico e vice-chefe de medicina espacial da NASA, que esteve envolvido no resgate dos mineiros. "Muito dessa especulação acontece porque as pessoas não possuíam informação pormenorizada sobre todos os factos da mina", acrescentou, em declarações à ABCNews.
Os mineiros subiram à superfície usando um cinto com um sistema de monotorização dos sinais vitais
Um dos "mitos" mais repetidos foi o de que os mineiros, ao abandonar a mina, a mais de 600 metros da superfície, iriam enfrentar problemas de descompressão. Também conhecida como "doença dos mergulhadores", trata-se de uma condição que afecta pessoas expostas a uma redução da pressão do ar que rodeia o seu corpo.
No entanto, esse risco não existia. "O que a maioria das pessoas não sabe é que os trabalhadores estavam ao nível do mar", afirmou Polk. "A entrada da mina estava, assim, acima do nível do mar".
Outro "mito" muito noticiado é o de que os mineiros estavam confinados a um espaço muito reduzido, onde inclusivamente se mexiam com dificuldade. Alguns media noticiaram que essa condição poderia limitar a mobilidade dos mineiros e levar a que desenvolvessem coágulos no sangue. E se é verdade que esse é um risco real em espaços limitados, não era o caso da mina chilena.
"Os mineiros faziam exercício com regularidade, distribuindo tarefas entre si e garantirem que a cápsula tinha espaço suficiente para os resgatar", enfatizou Polk. Um dos mineiros, Edison Penã, corria mesmo vários quilómetros todos os dias.
Também a quantidade de oxigénio que recebiam foi alvo de especulação, levando a que muitas pessoas acreditassem que os mineiros sofriam de hipóxia, dores de cabeça, fadiga, falta de ar e náuseas. Esta é uma conclusão que carece de base factual.
"A mina foi extremamente bem ventilada e havia oxigénio na cápsula de resgate no caminho para cima", garantiu James Polk. Apesar de uma provável subida no teor de dióxido de carbono no sangue, os mineiros estavam a respirar sem qualquer dificuldade.
JN
A dimensão da cobertura mediática que envolveu a operação de resgate dos mineiros chilenos, depois de 70 dias presos na mina de San José, originou inúmeras histórias sobre os perigos de saúde que os mineiros tinham de enfrentar. Agora, os especialistas médicos dizem que muitas dessas histórias não passam de mitos e estão longe de corresponder à verdade.
"Tem havido muita especulação sobre coisas diferentes", disse James Polk, director médico e vice-chefe de medicina espacial da NASA, que esteve envolvido no resgate dos mineiros. "Muito dessa especulação acontece porque as pessoas não possuíam informação pormenorizada sobre todos os factos da mina", acrescentou, em declarações à ABCNews.
Os mineiros subiram à superfície usando um cinto com um sistema de monotorização dos sinais vitais
Um dos "mitos" mais repetidos foi o de que os mineiros, ao abandonar a mina, a mais de 600 metros da superfície, iriam enfrentar problemas de descompressão. Também conhecida como "doença dos mergulhadores", trata-se de uma condição que afecta pessoas expostas a uma redução da pressão do ar que rodeia o seu corpo.
No entanto, esse risco não existia. "O que a maioria das pessoas não sabe é que os trabalhadores estavam ao nível do mar", afirmou Polk. "A entrada da mina estava, assim, acima do nível do mar".
Outro "mito" muito noticiado é o de que os mineiros estavam confinados a um espaço muito reduzido, onde inclusivamente se mexiam com dificuldade. Alguns media noticiaram que essa condição poderia limitar a mobilidade dos mineiros e levar a que desenvolvessem coágulos no sangue. E se é verdade que esse é um risco real em espaços limitados, não era o caso da mina chilena.
"Os mineiros faziam exercício com regularidade, distribuindo tarefas entre si e garantirem que a cápsula tinha espaço suficiente para os resgatar", enfatizou Polk. Um dos mineiros, Edison Penã, corria mesmo vários quilómetros todos os dias.
Também a quantidade de oxigénio que recebiam foi alvo de especulação, levando a que muitas pessoas acreditassem que os mineiros sofriam de hipóxia, dores de cabeça, fadiga, falta de ar e náuseas. Esta é uma conclusão que carece de base factual.
"A mina foi extremamente bem ventilada e havia oxigénio na cápsula de resgate no caminho para cima", garantiu James Polk. Apesar de uma provável subida no teor de dióxido de carbono no sangue, os mineiros estavam a respirar sem qualquer dificuldade.
JN