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"Se o Governo desertar estamos preparados para tudo"

florindo

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O Conselho Nacional do PSD aprovou as condições de Passos Coelho para viabilizar o Orçamento do Estado para 2011.
O anúncio foi feito ontem à noite pelo secretário-geral do partido, Miguel Relvas, no final da reunião do Conselho Nacional do partido. As condições de Passos Coelho foram aprovadas por larga maioria, com um voto contra e três abstenções.

Miguel Relvas afirmou que esta votação mostra que o PSD está "unido" e que tem uma "posição muito responsável" no sentido de vir a ter um OE que "faça sofrer menos os portugueses". "Cabe agora ao Governo encontrar as condições para aprovar um bom orçamento", acrescentou Miguel Relvas sem querer comentar as declarações de Vitalino Canas sobre as propostas do PSD. O responsável socialista classificou as condições apresentadas por Passos Coelho como “desequilibradas”.

Para Passos Coelho, caberá agora à direcção social-democrata avaliar se o grau de aceitação desses "pressupostos" pelo Governo justifica uma abstenção ou um chumbo da proposta de OE.

"Não podemos poupar o Governo a este exercício. Eles têm de dizer o que pensam disto. No fim, decidiremos", declarou Pedro Passos Coelho, na sua intervenção final, segundo o relato de um dos presentes na reunião do Conselho Nacional, citado pela agência Lusa.

"Estamos preparados para tudo", declarou perante os conselheiros nacionais do PSD, prometendo-lhes não deixar o país sem governo "se o Governo desertar" num cenário de chumbo do Orçamento.

A direcção do PSD defende que as alterações que propõe minimizam os danos de um "mau Orçamento" e são "simples, razoáveis e sensatas".

PSD deve estar preparado para ser "alternativa"

No entanto, nem todos os membros do Conselho Nacional apoiam as condições apresentadas pelo líder do partido. O economista António Nogueira Leite, apoiante de Passos Coelho, pediu à direcção para reponderar à apresentação dos "pressupostos", sublinha o jornal "Público".

"Infelizmente o mal está feito. Este governo já nos condenou à pobreza e à dificuldade. E a posição do Governo tem que ter isso em conta. Não vale a pena o PSD pegar no mínimo da factura que seja dos erros, da persistência, da teimosia e da irresponsabilidade do Governo. O PSD tem que estar preparado para construir com seriedade e sentido de patriotismo, alternativas [ao Governo] muito em breve", afirmou Nogueira Leite no final da reunião.

Já Castro Almeida, ex-vice-presidente de Manuela Ferreira Leite, alertou para o facto de Passos Coelho, afinal, já admitir aumento de impostos, o IVA, embora compensado pelos cortes na despesa.

"Um ponto percentual [de aumento] do IVA não é a diferença entre a prosperidade e o caos". O dirigente social-democrata considerou um erro a indefinição de posições, em definitivo, do partido quanto ao OE, defendendo que deveria abster-se. Deixando claro que o partido é contra e “mostrando as alternativas” que propõe ao país.

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