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Londres antecipa aumento da idade da reforma para salvar país da ruína

florindo

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A idade de aposentação no Reino Unido passará a ser 66 anos em 2020, anunciou o ministro das Finanças britânico, antecipando a aplicação da medida no âmbito de um programa para salvar o país da "beira da ruína".

George Osborne já tinha manifestado o desejo de aumentar a idade da reforma, mas só hoje, quarta-feira, confirmou o calendário, que antecipa em seis anos o que foi estipulado em 2007 pelo governo trabalhista.

Falando perante os deputados na Câmara dos Comuns, o ministro das Finanças reivindicou a necessidade de "colocar os serviços públicos e o estado providência de pé".

Aumentar a idade de aposentação, justificou, "é o que muitos países estão a fazer, e no final da próxima legislatura poupará ao Estado cinco mil milhões de libras (5,7 mil milhões de euros) por ano".

Esta medida faz parte de um programa de quatro anos para reduzir o défice que inclui "a maior reforma do estado providência no espaço de uma geração".

O ministro detalhou várias mudanças na atribuição de apoios sociais, que deverão resultar numa poupança de sete mil milhões de libras (oito mil milhões de euros).

Confirmou também o despedimento de 490 mil funcionários públicos nos próximos quatro anos, o que considerou "inevitável quando o país ficou sem dinheiro".

O discurso, que durou cerca de uma hora, detalhou vários cortes, nomeadamente de 24% no orçamento do ministério dos Negócios Estrangeiros, o que implicará menos diplomatas em Londres.

O valor para a cooperação internacional foi protegido, mas as prioridades mudaram e países como a China e Rússia perderão a ajuda britânica, que será canalizada para a resolução de conflitos.

Na saúde, outro dos sectores salvaguardados dos cortes, George Osborne prometeu uma descentralização de serviços e maior autonomia para os médicos.

As autoridades locais receberão menos 7,1% até 2015, mas terão também mais independência sobre onde querem gastar o dinheiro.

Mesmo a família real terá de apertar o cinto, com o orçamento anual congelado no próximo ano e reduzido em 14% até 2013.

Em termos do quotidiano, os britânicos terão razão para ficar insatisfeitos com o aumento em 3% das tarifas ferroviárias.

Todavia, o valor da taxa de televisão ficará ao mesmo nível nos próximos seis anos e a entrada nos museus públicos continuará a ser gratuita.

George Osborne lamentou a necessidade de pagar 120 milhões de libras (137 mil milhões de euros) por dia só com os juros da dívida pública.

"As dívidas que nos deixaram", declarou, apontando o dedo ao governo anterior do partido Trabalhista, "ameaçaram os empregos e serviços públicos deste país".

Mas, ao fazer as "escolhas difíceis" a coligação entre conservadores e democratas liberais "tirou o país da beira da ruína", afirmou.

Da bancada oposta, o responsável pela pasta das finanças dos Trabalhistas, agora na oposição, diz que as medidas de austeridade ameaçam "sufocar" a recuperação económica.

"Hoje é o dia em que uma base de dados abstrata de folhas de cálculo e números se transforma numa realidade negra para os empregos e serviços das pessoas", advertiu Alan Johnson.

JN
 
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