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Alemanha corrige em alta previsão de crescimento para 2010

florindo

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O governo alemão corrigiu hoje, quinta-feira, em alta a previsão de crescimento para 2010, para mais do dobro, de 1,4 para 3,4%, depois de uma quebra histórica de 4,7% no ano de crise de 2009.

"Somos a locomotiva da Europa, o país da retoma", afirmou o ministro da economia, Rainer Bruederl, ao anunciar as previsões, hoje, em Berlim.

Bruederl recordou que, há poucos meses, "ainda se especulava" sobre a dimensão do crescimento económico na Alemanha, "mas agora não há dúvidas que será um crescimento XL", afirmou.

Para a retoma alemã contribuirá, sobretudo, o crescimento de 2,2% no segundo semestre de 2010, o maior em seis meses desde a reunficação, em 1990, afirmou o ministro.

Para 2011, no entanto, "haverá uma certa acalmia", e o crescimento alemão deverá atingir 1,8%, "o que mesmo assim é apreciável", acrescentou.

Em 2010, a economia alemã está a beneficiar, sobretudo, da forte reanimação nos mercados mundiais, sobretudo da grande procura de bens de investimento alemães na China e na Índia.

De futuro, porém, a retoma assentará mais na procura interna, que em 2011, deve constituir dois terços do crescimento da maior economia europeia, segundo as previsões do governo.

Mesmo a retoma atual baseou-se sobretudo no aumento do consumo interno, "mais do que nas exportações", sublinhou Bruederle, rejeitando assim críticas de alguns países da União Europeia, sobretudo da França, que acusaram Berlim de direcionar a economia apenas para os mercados externos, e de fazer uma política de contenção salarial prejudicial ao consumo interno e às importações.

Em 2010, as exportações alemãs deverão crescer 15%, em relação ao ano anterior - um dos piores de sempre - e 8% em 2011.

As importações também conhecerão incremento apreciável, aumentando 14% em 2010 e 7,7% em 2011, segundo a previsão do governo.

"A nossa política de exportações não é resultante de uma estratégia de Estado, não manipulamos a moeda, não há proteccionismo e não agimos em prejuízo dos nossos parceiros", garantiu o ministro alemão.

Bruederle congratulou-se também com a evolução do mercado de trabalho, e vincou que a Alemanha espera ter menos de três milhões de desempregados já no próximo outono, e manter uma taxa média de desemprego abaixo da mesma marca, em 2011.

Trata-se do melhor resultado desde 1992, sublinhou Bruederle, lembrando que, no ano passado, no auge da crise económica e financeira, as perspectivas para o mercado de trabalho alemão "ainda eram sombrias", e que, em 2005, o desemprego ultrapassou os cinco milhões.

Em 2010, deverão ser criados cerca de 100 mil novos postos de trabalho, e em 2011 240 mil, disse o ministro, lembrando que a Alemanha precisa de trabalhadores altamente qualificados, mas deve esgotar, primeiro, as reservas internas.

Apesar das previsões optimistas, o ministro alemão sublinhou que ainda existem riscos, citando a instabilidade macroeconómica nos EUA e no Japão, a chamada guerra dos câmbios, "prejudicial para todos".

JN
 
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