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Depois de Israel ter restringido a construção de colonatos no início do ano, o que permitiu a retoma das negociações com a Palestina, os colonos judeus voltaram a deitar mãos à obra, comprometendo as negociações de paz
Apesar da censura dos Estados Unidos, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu decidiu não renovar no final de Setembro a moratória à construção de colonatos.
Hoje, na Cisjordânia, recomeçaram os trabalhos de edificação de 600 habitações, revela um grupo de pressão israelita que assegura que o ritmo de construção é agora quatro vezes superior ao que se registava antes da proibição.
Recentemente relançadas, as conversações de paz no Médio Oriente podem cair por terra devido à construção nos territórios ocupados. O líder palestiniano Mahmoud Abbas tinha prometido deixar a mesa de negociações a menos que a proibição fosse renovada.
Ghassan Khatib, porta-voz palestiniano, garantiu que este acontecimento é «um factor de alarme que demonstra que Israel não é sério quanto ao processo de paz, cujo objectivo é pôr fim à ocupação».
Por outro lado, Mark Regev, porta-voz do governo israelita, disse que Israel quer «prosseguir com as conversações de paz e com a discussão de todos os assuntos difíceis, todos os assuntos estão na mesa, inclusive o assunto sensível dos colonatos» e que «o acordo de paz não visa abordar os colonatos específicamente, mas sim chegar a um acordo histórico sobre os mesmos».
O primeiro-ministro israelita tem estado sob pressão da Administração Obama para prolongar a restrição à construção em terras ocupadas.
No início deste mês, Netanyahu ofereceu-se para renovar a moratória caso os palestinianos reconhecessem Israel como um estado judeu, proposta que rejeitaram, declarando ser injusta e desnecessária.
Apesar de terem dado aos negociadores americanos até Novembro para resolverem o impasse, os palestinianos, apoiados pela Liga Árabe, já fizeram saber que não regressarão a conversações directas sem uma proibição total da construção.
As conversações que recomeçaram em Washington em Setembro depois de uma paragem de quase 20 meses, enfrentam agora o colapso iminente.
sol.sapo.pt
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Apesar da censura dos Estados Unidos, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu decidiu não renovar no final de Setembro a moratória à construção de colonatos.
Hoje, na Cisjordânia, recomeçaram os trabalhos de edificação de 600 habitações, revela um grupo de pressão israelita que assegura que o ritmo de construção é agora quatro vezes superior ao que se registava antes da proibição.
Recentemente relançadas, as conversações de paz no Médio Oriente podem cair por terra devido à construção nos territórios ocupados. O líder palestiniano Mahmoud Abbas tinha prometido deixar a mesa de negociações a menos que a proibição fosse renovada.
Ghassan Khatib, porta-voz palestiniano, garantiu que este acontecimento é «um factor de alarme que demonstra que Israel não é sério quanto ao processo de paz, cujo objectivo é pôr fim à ocupação».
Por outro lado, Mark Regev, porta-voz do governo israelita, disse que Israel quer «prosseguir com as conversações de paz e com a discussão de todos os assuntos difíceis, todos os assuntos estão na mesa, inclusive o assunto sensível dos colonatos» e que «o acordo de paz não visa abordar os colonatos específicamente, mas sim chegar a um acordo histórico sobre os mesmos».
O primeiro-ministro israelita tem estado sob pressão da Administração Obama para prolongar a restrição à construção em terras ocupadas.
No início deste mês, Netanyahu ofereceu-se para renovar a moratória caso os palestinianos reconhecessem Israel como um estado judeu, proposta que rejeitaram, declarando ser injusta e desnecessária.
Apesar de terem dado aos negociadores americanos até Novembro para resolverem o impasse, os palestinianos, apoiados pela Liga Árabe, já fizeram saber que não regressarão a conversações directas sem uma proibição total da construção.
As conversações que recomeçaram em Washington em Setembro depois de uma paragem de quase 20 meses, enfrentam agora o colapso iminente.
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