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Apoio a jovens grávidas em risco

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Atrasos de verbas do Estado põem em causa casa-abrigo na Maia

A associação Socialis está, desde Maio, sem receber ajudas da Segurança Social. Para manter em funcionamento uma casa-abrigo para jovens grávidas em risco, já contraiu um empréstimo. Mas até esse dinheiro está a acabar. A situação é "aflitiva", diz a Direcção.

Susana (nome fictício) tinha 19 anos quando soube que estava grávida. "Até senti um frio na barriga. Caíram-me as responsabilidades todas em cima da cabeça", recorda. É que, além de se ter acabado de separar do companheiro, Susana descobrira que não podia contar com o apoio da mãe. "Nunca aceitou que eu fosse mãe solteira", justifica, ao JN.

Desempregada e sem alternativas, Susana acabou institucionalizada. "Estive numa instituição até ao meu filho completar 13 meses. Estávamos em pisos diferentes. Só via o bebé na hora das refeições. Nunca nos deixaram sair à rua. O menino até tinha medo do barulho dos carros. Não sorria nem gatinhava", conta.

A jovem acabou expulsa da instituição e encontrou um tecto na casa-abrigo da Socialis, uma instituição da Maia que ajuda grávidas em risco. "No Natal começou a dar os primeiros passos. O meu filho agora tem dois anos e nem parece o mesmo", sublinha, convicta de que é graças à ajuda das técnicas daquela instituição que finalmente consegue ver-se "sozinha com o filho". Mas antes precisa de completar a escolaridade obrigatória e arranjar um emprego. É isso que está a fazer, através da validação de competências.

Susana é uma das quatro jovens que actualmente têm um abrigo na casa da Socialis, em Vila Nova da Telha (Maia). E espelha bem o tipo de raparigas que procura a ajuda daquela instituição. Em três anos de existência, já foram recolhidas 15 jovens. Muitas mais, 93, são acompanhadas pelo centro de atendimento.

Mas tudo isso está em risco. Desde Maio que a Socialis não recebe o apoio protocolado com a Segurança Social. A instituição era financiada pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, no âmbito do Programa para a Inclusão e Desenvolvimento (Progride). Mas o acordo caducou nessa altura. "Sempre nos foi assegurada a sua renovação. O problema é que nos dizem que ainda não foi aprovado o orçamento-programa da Segurança Social para acordos de cooperação", lamenta a Direcção da Socialis.

Com despesas mensais de manutenção da casa-abrigo na ordem dos 17 mil euros, a instituição viu-se obrigada a contrair um empréstimo bancário: "Temos vários pedidos de entrada para a vaga que existe na casa. Mas enquanto a situação não se resolver não podemos acolher a quinta jovem".

"As despesas da casa, no mês passado, já foram pagas com o dinheiro do empréstimo. Vamos ver se o empréstimo chega para este mês. Estamos mesmo aflitos. Se não entrar rapidamente dinheiro, não conseguiremos continuar a acompanhar estas jovens", garante ainda a Direcção da Socialis.

JN
 
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