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Técnicos falam à mesa do Orçamento de Estado sob pressão política

florindo

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ão nove e quase todos mais técnicos do que políticos, os homens incubidos de encontrar consensos para a viabilização do OE, em nome da avaliação dos mercados e sob pressão política dos três protagonistas ausentes: Cavaco Silva, José Sócrates e Passos Coelho.

Técnicos falam à mesa do Orçamento de Estado sob pressão política

À mesa, como exigiu o ministro Silva Pereira, e com a agenda indicada pelo líder social-democrata, começam hoje, sábado, às 15 horas, no Parlamento, as negociações entre o Governo e o PSD sobre o OE/2011, que será discutido e votado, na generalidade, nos dias 2 e 3 de Novembro.

Será a primeira negociação formal entre as duas delegações, que terão pouco tempo para chegar a um resultado. Os sinais positivos para os mercados financeiros são um imperativo, que têm vindo a condicionar o posicionamento dos protagonistas políticos.

Cavaco Silva, que anuncia a sua recandidatura à Presidência da República na terça-feira, dia 26, é um dos primeiros interessados num (bom) desfecho rápido das negociações.

Uma crise política, para a qual estará preparado para responder, é o último cenário que lhe convém como candidato. Empenhou-se pessoalmente, em privado e publicamente, em apelar ao consenso - chamou os partidos a Belém e, quase diariamente, aconselha bom-senso. Na mesa das negociações sabe que pode contar com a lucidez do seu antigo ministro Eduardo Catroga.

José Sócrates, que hoje anda em actividade partidária no Porto e em Vila Real, manter-se-á certamente atento ao toque do telefone. Nada do que se passar na sala do Governo da Assembleia da República ficará fora da sua alçada.

Jorge Lacão (o único dos presentes sem formação em Economia/Finanças) está na sala para ser os "olhos e os ouvidos" do chefe do Executivo. Sócrates sabe que ninguém esqueceu a ameaça de demissão que fez, no caso de o OE não ser aprovado.

Passos Coelho está a jogar a afirmação da sua liderança no PSD. Esticou até ao limite a corda do confronto com Sócrates. Resistiu às vozes que o aconselharam a viabilizar o OE sem condições.

Optou por marcar a agenda das negociações com um conjunto de pressupostos, que garante não serem "de tudo ou nada", e apresentou uma equipa de negociadores acima de toda a crítica. Falta saber se a táctica dá os resultados esperados.

Fora deste cenário está Paulo Portas, atento e também à espera do desfecho. À hora que começar a reunião já terá anunciado que o CDS-PP irá votar contra o OE, mas tudo indica que deixará uma porta aberta para um recuo.


JN
 
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