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Fim do incentivo ao abate ameaça sector automóvel

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Out 11, 2006
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A partir de Janeiro, o incentivo de abate de carros velhos só será possível para quem comprar um eléctrico. É a medida mais gravosa para o automóvel prevista no Orçamento para 2011, dizem as associações, ainda mais do que a subida de impostos.

Até ao final deste ano, quem tem um carro com mais de dez anos pode beneficiar de um incentivo de 750 euros, que sobe para 1000 euros se o veículo tiver mais do que 15 anos (a medida extraordinária de apoio a carros com oito anos foi, entretanto, abandonada). Mas a partir de Janeiro, a ajuda só estará disponível para quem comprar carros eléctricos, que deverão estar no mercado durante 2011.

O fim do incentivo, consideram três associações do sector, é a medida mais gravosa constante do Orçamento de Estado. "É possível que falemos com os grupos parlamentares, mas sem grande expectativa de sucesso", afirmou António Ferreira Nunes, presidente da Associação de Empresas do Comércio e Reparação Automóvel (ANECRA).

O principal argumento para a manutenção do incentivo é que o país "simplesmente não está preparado", adiantou Helder Pacheco, secretário-geral da ACAP, Associação de Comércio Automóvel. "A Alemanha acabou com o incentivo, mas a economia alemã deve crescer no próximo ano, enquanto que a nossa situação será de crise", afirmou.

Com o fim do apoio, o presidente da ARAN, a Associação do Ramo Automóvel, António Teixeira Lopes, antecipa que 2011 seja pior do que o ano corrente, anulando a recuperação que se fazia sentir.

Impostos vão subir

Em perto de um quarto dos automóveis vendidos este ano, os compradores beneficiaram do incentivo ao abate, uma dedução feita ao Imposto sobre Veículos (ISV) que também vai aumentar, no próximo ano. Além deste imposto, os automóveis também serão envolvidos pela subida do IVA, que incide quer sobre o preço base do veículo quer sobre o próprio ISV, numa dupla tributação há muito contestada pelo sector. Em terceiro lugar, haverá um agravamento do Imposto Único de Circulação.

De acordo com António Ferreira Nunes, só pelo efeito do aumento dos impostos, os automóveis ficarão perto de 600 euros mais caros. Fazendo as contas ao agravamento fiscal previsto na proposta de Orçamento de Estado apresentada pelo Governo, o valor varia muito consoante o preço dos automóveis, podendo começar em perto de 200 euros, para os de gama mais alta, e chegar a cerca de três mil euros, nos de luxo, de acordo com cálculos da ACAP.
Enquanto ainda vigora o incentivo ao abate e os impostos não sobem, contudo, os interessados em comprar carro deverão encher os stands automóveis. É essa a expectativa de António Ferreira Nunes: "Estamos a contar com uma antecipação de vendas, este ano", afirmou.

JN
 
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