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Apifarma diz que há dois mil empregos em risco

florindo

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A redução em 6% no preço dos medicamentos vai prejudicar a indústria farmacêutica, pondo em causa entre 1500 a 2 mil postos de trabalho e com prejuízos financeiros entre 150 milhões a 170 milhões de euros.

O alerta foi hoje, terça-feira, dado pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), para a qual a redução sistemática do preço dos medicamentos é vista "com muita apreensão".

A portaria que reduz o preço dos medicamentos comparticipados em 6% entrou em vigor a 15 de Outubro e logo nessa altura farmácias e indústria farmacêutica manifestaram reticências quanto à sua aplicação.

"Quando baixa o preço aos medicamentos, todos os agentes económicos são atingidos, desde as companhias farmacêuticas, os distribuidores e as farmácias. Toda a gente é claramente prejudicada", defendeu o presidente da Apifarma, em conferência de imprensa, em Lisboa.

João Almeida Lopes disse perceber que os tempos actuais "não são fáceis" e que "há medidas a que os governos se vêem obrigados", mas alertou que isso vai reflectir-se "eventualmente em encerramento de escritórios [farmacêuticos] em Portugal".

"Qualquer medida restritiva significativa que se aplique a qualquer área de actividade económica inevitavelmente vai ter efeito nos agentes económicos mais fracos e mais pequenos dessa cadeia de valor e tenderá sempre a afastar os mais fracos e os mais pequenos, seja nas companhias farmacêuticas, seja na logística da distribuição, seja nas farmácias", referiu Almeida Lopes.

Nesse sentido, o presidente da Apifarma disse mesmo que "1500 a 2000 postos de trabalho poderão estar em causa" em consequência do abaixamento do preço dos medicamentos comparticipados.

Almeida Lopes acrescentou que se pode situar entre os 150 milhões e os 170 milhões de euros o prejuízo para a indústria farmacêutica.

Sobre o facto de o preço dos medicamentos deixar de estar visível nas embalagens, o presidente da Apifarma garantiu que não é com essa medida que o sistema dos preços de venda ao público se torna menos transparente, garantindo que "o processo sempre foi e sempre continuará a ser transparente".

Na opinião do presidente da Apifarma, esta era uma medida que se impunha por causa das alterações de preços, que ultimamente "têm sido muitas em prazos muito curtos".

"Estamos a falar de pôr etiquetas em embalagens de medicamentos que estão em armazéns em paletes e estamos a falar de desmontar paletes, embalagem por embalagem para andar a colar etiquetas. Isto era um trabalho de loucos", explicou.

JN
 
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