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Ouro furtado esteve seis meses num autoclismo

eica

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Abr 15, 2009
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Poderá servir de argumento para um filme. Durante seis meses, o ouro que tinha sido furtado de uma ourivesaria, no valor de 25 mil euros, esteve escondido do autoclismo de um apartamento abandonado, sem portas e em pleno centro da cidade de Braga.

No dia 7 de Maio, a ourivesaria Araújo, na rua de S. Marcos, número 100, no centro de Braga, foi assaltada. Os ladrões entraram pelo telhado do prédio, mas foram surpreendidos e capturados pela PSP.

Dois dos assaltantes foram interceptados num telhado e o terceiro num apartamento abandonado - um duplex no 3º andar do número 126, na mesma rua, que é usado por indigentes para pernoitar. Antes de ser detido teve tempo para esconder o ouro furtado - avaliado em 25 mil euros - dentro de um autoclismo.


Seis meses após a detenção, quando os advogados de defesa dos detidos - todos de nacionalidade romena - receberam a acusação, reparam que a mesma não tinha qualquer referência à recuperação do ouro pela PSP. Os detidos nada tinham dito aos causídicos sobre o destino que lhe tinham dado.
"Nós e os nosso clientes estávamos convencidos que o ouro tinha sido apreendido pelas autoridades. Quando vimos a acusação é que constatámos o contrário. Falámos com eles, mas sempre garantiram que não sabiam do ouro", afirma o advogado, Carvalho Araújo.

Empenhados na produção de prova, tanto Carvalho Araújo como o seu colega, Hugo Pires, insistiram com os seus clientes. Um deles, Lucian Petrov, que tinha ficado no exterior da ourivesaria durante o assalto - por ser entroncado e não passar no buraco - e foi detido no apartamento "disse que tinha escondido o ouro no autoclismo de um apartamento abandonado, mas que a Polícia tinha apreendido tudo", afirma Hugo Pires.

Ontem, pela manhã, os advogados dos romenos foram ao local indicado e encontraram o ouro sem grande esforço. Comunicaram o achado ao Ministério Público do tribunal de Braga e à PSP. O ouro foi levantado na presença das autoridades e dos proprietários da ourivesaria e levado para o tribunal.

Faustino Araújo, proprietário da ourivesaria há 61 anos, teve uma surpresa agradável e inesperada. "Já não contava reaver o ouro", confessou ao JN, lembrando as aflições passadas desde o dia do assalto. "O negócio está mau e ainda por cima ser assaltado... Ainda bem que recuperámos o ouro. É claro que algumas peças ficaram danificadas, mas sempre é melhor que perder tudo", disse.

JN
 
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