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Um homem, apoiado por quatro homens empunhando armas brancas - ao que tudo indica familiares - levou, ontem, terça-feira, o seu filho, nascido na tarde de segunda-feira, da maternidade do Hospital do Espírito Santo, em Évora, sem que este tivesse alta médica.
Pai armado leva filho de dois dias do hospital
Corte de pulseira fez disparar sistema de alarme
Segundo o JN apurou, o indivíduo entrou no hospital antes do meio-dia, hora a que se iniciam as visitas. Levantou o respectivo cartão na recepção e esperou calmamente até poder entrar no quarto em que se encontrava a mulher. Uma vez no interior, "cortou a pulseira electrónica [do bebé] e levou o filho", adiantou Vítor Caeiro, director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia da unidade de saúde.
Apesar do corte da pulseira ter activado o alarme que fez disparar o fecho automático da porta da maternidade, o indivíduo e a mulher, juntamente com o bebé, abandonaram o local.
Antes de deixar o quarto, o indivíduo atirou a pulseira pela janela, deixando a faca no chão. Segundo fonte hospitalar, a acção "foi facilitada" pelo facto de os quatro indivíduos que empunhavam armas brancas "terem manietado o segurança em serviço no piso" .
O acto do homem, residente em Vendas Novas, de nacionalidade portuguesa, feirante de profissão, terá sido provocado pelo facto de, em Outubro, lhe terem sido retirados dois filhos, na sequência de processos de protecção abertos pela Segurança Social de Évora.
Ao que tudo indica, a criança nascida anteontem também seria alvo do mesmo processo. Uma assistente social terá informado a mãe de que o bebé seria objecto de "uma sinalização para possível adopção", à semelhança dos irmãos, o que levou a mulher a alertar o marido.
Uma cena de filme
A situação apanhou toda a gente de surpresa. "Um homem com a criança ao colo, seguido de uma mulher e outros quatro indivíduos, passaram a porta, pularam o muro e desapareceram. Uma verdadeira cena de filme", contou uma testemunha. Na "pressa" da fuga, o homem deixou na recepção o documento de identificação, que entregara para receber o cartão de visitante.
O director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia garantiu que "os sistemas de alarme e segurança funcionaram após o corte da pulseira". Falta saber como acederam os quatro cúmplices ao terceiro piso, pelo que Vítor Caeiro anunciou a abertura de um inquérito para "apurar o que terá falhado ao nível da segurança".
Segundo apurou o JN junto de fonte da Segurança Social, como a criança não tinha alta médica e foi levada à força, o Ministério Público "pode considerar o caso como um rapto". A PSP de Évora foi chamada ao hospital, para tomar conta da ocorrência.
No fundo, o gesto não passou de "uma precipitação", pois, como garantiu ao JN fonte hospitalar, bastaria à família assinar um termo de responsabilidade para que mãe e criança tivessem alta. "Um hospital não é uma prisão", disse-nos um elemento do Gabinete de Comunicação da unidade de saúde, assegurando que não foi ali recebida qualquer instrução, da Segurança Social ou dos tribunais, relativamente a esta situação.
JN
Pai armado leva filho de dois dias do hospital
Corte de pulseira fez disparar sistema de alarme
Segundo o JN apurou, o indivíduo entrou no hospital antes do meio-dia, hora a que se iniciam as visitas. Levantou o respectivo cartão na recepção e esperou calmamente até poder entrar no quarto em que se encontrava a mulher. Uma vez no interior, "cortou a pulseira electrónica [do bebé] e levou o filho", adiantou Vítor Caeiro, director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia da unidade de saúde.
Apesar do corte da pulseira ter activado o alarme que fez disparar o fecho automático da porta da maternidade, o indivíduo e a mulher, juntamente com o bebé, abandonaram o local.
Antes de deixar o quarto, o indivíduo atirou a pulseira pela janela, deixando a faca no chão. Segundo fonte hospitalar, a acção "foi facilitada" pelo facto de os quatro indivíduos que empunhavam armas brancas "terem manietado o segurança em serviço no piso" .
O acto do homem, residente em Vendas Novas, de nacionalidade portuguesa, feirante de profissão, terá sido provocado pelo facto de, em Outubro, lhe terem sido retirados dois filhos, na sequência de processos de protecção abertos pela Segurança Social de Évora.
Ao que tudo indica, a criança nascida anteontem também seria alvo do mesmo processo. Uma assistente social terá informado a mãe de que o bebé seria objecto de "uma sinalização para possível adopção", à semelhança dos irmãos, o que levou a mulher a alertar o marido.
Uma cena de filme
A situação apanhou toda a gente de surpresa. "Um homem com a criança ao colo, seguido de uma mulher e outros quatro indivíduos, passaram a porta, pularam o muro e desapareceram. Uma verdadeira cena de filme", contou uma testemunha. Na "pressa" da fuga, o homem deixou na recepção o documento de identificação, que entregara para receber o cartão de visitante.
O director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia garantiu que "os sistemas de alarme e segurança funcionaram após o corte da pulseira". Falta saber como acederam os quatro cúmplices ao terceiro piso, pelo que Vítor Caeiro anunciou a abertura de um inquérito para "apurar o que terá falhado ao nível da segurança".
Segundo apurou o JN junto de fonte da Segurança Social, como a criança não tinha alta médica e foi levada à força, o Ministério Público "pode considerar o caso como um rapto". A PSP de Évora foi chamada ao hospital, para tomar conta da ocorrência.
No fundo, o gesto não passou de "uma precipitação", pois, como garantiu ao JN fonte hospitalar, bastaria à família assinar um termo de responsabilidade para que mãe e criança tivessem alta. "Um hospital não é uma prisão", disse-nos um elemento do Gabinete de Comunicação da unidade de saúde, assegurando que não foi ali recebida qualquer instrução, da Segurança Social ou dos tribunais, relativamente a esta situação.
JN