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Um avião Airbus A380 da companhia australiana Qantas Airways, com 433 passageiros a bordo, sofreu, hoje, quinta-feira, de madrugada, uma avaria quando sobrevoava a Indonésia e foi forçado a efectuar uma aterragem de emergência em Singapura, sem registo de feridos.
A aeronave, que tinha partido de Singapura com destino a Sydney, na Austrália, registou problemas no motor quando sobrevoava as ilhas indonésias de Batam, perto de Singapura, tendo sido forçada a realizar uma aterragem de emergência na cidade-Estado. Singapura era uma escala do voo que, originariamente, partira de Londres.
Um porta-voz da Qantas e o governo australiano confirmaram não haver registo de feridos entre os 433 passageiros e os 26 membros da tripulação a bordo.
"O avião aterrou sem incidentes no aeroporto de Changi, em Singapura, sem quaisquer feridos entre os passageiros ou membros da tripulação", informou o ministro australiano dos Negócios Estrangeiros num comunicado.
Um jornalista da agência Agência France Press em Singapura constatou fumo a sair do avião, que foi imediatamente extinto por seis veículos dos bombeiros.
Um canal de televisão da Indonésia transmitiu imagens de pedaços de metal, que se julga pertencerem a um reactor ou fuselagem do A380, o maior avião de passageiros do mundo, da Qantas.
Um porta-voz da Qantas em Sydney, na Austrália, disse que o A380 registou um problema num dos quatro motores pouco tempo depois de ter descolado de Singapura, mas que, apesar de poder voar em segurança com três motores, o piloto optou por aterrar.
Apesar de os passageiros alegarem ter ouvido uma forte explosão quando o avião da Qantas sobrevoava as ilhas de Batam, a Qantas nega a ocorrência de qualquer explosão na aeronave.
Companhias desvalorizam acidente
As companhias de aviação desvalorizam o incidente com o Airbus A380 da Qantas, tendo divulgado que vão manter as frotas operacionais.
A companhia de aviação Emirates, empresa com 13 aviões do consórcio europeu em operação, já divulgou publicamente que não tem intenção de imobilizar ou manter qualquer aparelho em terra.
A empresa australiana, Qantas, anunciou a suspensão dos voos dos Airbus A380, alegando "razões de segurança" e até se conhecer o motivo de uma avaria num dos aparelhos e forçado a uma aterragem de emergência.
Por seu lado, a Emirates já tornou público que "todos os A380 da empresa estão ao serviço ou em programas de voo. A Emirates tem 13 aparelhos equipados com motores Engine Alliance GP7200", afirmou o porta voz da companhia, reforçando que a "segurança dos passageiros e dos equipamentos são de importância capital".
A transportadora Air France-KLM, que também opera quatro aviões A380, divulgou, esta manhã, que "a empresa não tem qualquer projecto de imobilização dos aviões, do mesmo tipo de aparelho que a companhia australiana", afirmou o porta voz da companhia.
Motores Rolls Royce
Os motores que equipam os aviões da Qantas são Rolls Royce, enquanto os propulsores dos aviões da Air France-KLM da Engine Alliance, Pratt & Wittney, General Electric e Safran, "não têm os mesmos motores", afirmou o porta voz da empresa.
Após atrasos de 18 meses no projecto, o primeiro voo comercial do A380 foi efectuado pela Singapore Airlines a 25 de outubro de 2007, entre Singapura e Sydney (voo SQ380).
Em Junho deste ano, a Airbus anunciou que tinha em carteira 234 encomendas do A380 da parte de 17 clientes. A Qantas é a segunda companhia com mais encomendas, 20, depois da Emirates, com ordem de compra de 90 aparelhos. Actualmente, estão em operação 37 Airbus A380 ao serviço das companhias Singapore Airlines, Qantas, Emirates, Lufthansa e Air France.
JN
