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Falso sismo testa capacidades de socorro português e espanhol

Rotertinho

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Teste para acudir populações em situações de emergência
Falso sismo testa capacidades de socorro português e espanhol

Um simulacro de sismo, seguido da ruptura de uma barragem em Espanha, causando inundações em Vila Velha de Ródão, serviu esta terça e quarta-feira para que as forças de protecção civil portuguesa e espanhola testassem os seus meios para acudir às populações em situações de emergência.

O exercício 'causou' um morto, dezenas de feridos e muitos desalojados, pondo em risco outras pessoas que habitam a zona Ribeirinha de Vila Velha de Ródão. O principal problema detectado foram as comunicações, que não corresponderam ao que era esperado.

No meio da acção, houve uma situação real: o INEM teve de socorrer uma 'falsa vítima', uma idosa acamada, de 70 anos, que se sentiu mal devido à ansiedade e, por isso, teve de regressar a casa.

A inundação fez aumentar o caudal do rio Tejo e, consequentemente, dos seus afluentes, como é o caso do rio Ródão. Algumas das pessoas que habitam na margem participaram no simulacro para testar os meios de socorro e de resposta a catástrofes.

Um grupo crianças que 'passeava' num barco foi transportado para um local mais seguro.

Na ponte que liga os concelhos de Vila Velha de Ródão e Nisa, com 25 metros de altura, os Bombeiros da Covilhã retiraram duas pessoas da água e dois pescadores foram recolhidos por um helicóptero Kamov.

O exercício EU-Sismicaex'10 mobilizou 400 homens e 115 viaturas, demorou dois anos a preparar e serviu para testar os meios de Portugal e Espanha, no âmbito do Mecanismo Europeu de Protecção Civil.

O exercício começou em Espanha, na terça-feira, quando um sismo com epicentro perto da barragem de Valdecanãs, na Estremadura Espanhola, provocou a rotura da infra-estrutura, libertando cinco mil metros cúbicos de água por segundo e inundando da central nuclear de Almaraz.

A catástrofe atingiu o território português, nomeadamente Idanha-a-Nova, Castelo Branco e Vila Velha de Rodão, onde se registaram as inundações, no espaço de 26 a 28 horas após a descarga de água em Espanha.

O secretário de Estado de Protecção Civil, Vasco Franco, que assistiu a uma parte do exercício, admitiu a necessidade de reforçar as parcerias transfronteiriças em matérias de protecção civil na reacção a catástrofes naturais, à semelhança do que sucede na área dos incêndios.

"NENHUM PAÍS DO MUNDO TEM MEIOS SUFICIENTES"

Vasco Franco admitiu que “nenhum país do Mundo tem meios suficientes para todos os riscos, sobretudo para os que têm origem rara, mas é necessário ter as melhores respostas em qualquer situação”.

Para o comandante operacional distrital de Castelo Branco, Rui Esteves, os principais problemas detectados estão relacionados com a falha de comunicações no primeiro dia. O observador internacional Giovanni Franchini destacou a “excelente organização em termos de cumprimento de horários e planeamento”.

As operações de socorro e resgate de vítimas envolveram a Força Especial de Bombeiros, os bombeiros de Vila Velha de Ródão e Castelo Branco, o núcleo distrital de mergulho, GNR, PSP, INEM e um helicóptero pesado Kamov.

O balanço do exercício é feito esta quinta-feira pelas autoridades portuguesas e espanholas.


Correio da Manhã
 
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