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MP pede 17 anos para jovem que matou namorada à marretada

eica

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Abr 15, 2009
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A leitura da sentença está marcada para dia 23 de Novembro

O Ministério Público (MP) pediu estaq uinta-feira uma pena de cerca de 17 anos de prisão para o jovem acusado de matar a namorada à marretada e a atirar dentro de um carro a uma ravina da Barragem de Fagilde, escreve a Lusa.

Com a sala de audiências do Tribunal de Viseu completamente cheia, o procurador do MP considerou que «não há dúvida nenhuma» de que David Saldanha agrediu a namorada (Joana Fulgêncio) com uma marreta, provocando-lhe a morte, como o próprio confessou.

Mostrou-se preocupado com a «tendência nova de namorados agrediram namoradas», e vice-versa, considerando que a pena a aplicar deve «ser um exemplo para a sociedade», mas criticou atitudes da mãe da vítima, Paula Fulgêncio.

Aludiu à tentativa de agressão de Paula Fulgêncio a David Saldanha quando prestou depoimento na qualidade de assistente e ao seu comportamento e das «suas acólitas» chamando nomes ao arguido e pontapeando a viatura celular.

«A Justiça deve fazer-se com calma e sem estes espetáculos deprimentes», frisou.

Perante a recusa a um pedido para falar, Paula Fulgêncio exaltou-se e foi expulsa da sala. A ela seguiram-se outras pessoas que não conseguiram reprimir o desagrado por afirmações do procurador e do advogado de defesa.

Ao pronunciar-se sobre os aspectos que poderão contribuir para a qualificação do crime de homicídio, o procurador considerou que, «aparentemente, existirá um motivo fútil, porque o arguido agiu só porque foi contrariado pela vítima», que não quereria continuar o namoro.

Por outro lado, disse entender que «as marretadas funcionaram como um meio insidioso, traiçoeiro», porque Joana se encontrava de costas e «não teve meio de se defender».

No que respeita a «frieza de ânimo», explicou que só não se pode dizer que este qualificativo se aplica porque o relatório psiquiátrico refere que David sofre de uma doença chamada «personalidade anormal psicopática com traços anormais explosivos».

Considerou ainda que «não há um nexo entre a compra da marreta e a intenção do arguido de matar a Joana».

O advogado da assistente, Carlos Valverde, discordou do procurador em vários aspectos, nomeadamente porque entende que o carácter do arguido é «frio e calculista» e que «a marreta tinha um fim, que foi atingido», dez dias depois de ter sido comprada.

Atribuiu as atitudes de Paula Fulgêncio ao facto de ainda não ter conseguido interiorizar a morte da filha.

«Ela está à espera de uma decisão como um sequioso está à espera de água no deserto», frisou Carlos Valverde, pedindo uma pena «nunca inferior a 22 anos de cadeia».

O advogado do arguido, Joaquim Ribeiro, considerou que a pena proposta pelo advogado da assistente «está fora da realidade».

Já quanto à pena proposta pelo procurador do MP, disse que «está dentro da razoabilidade», apesar de achar que seria mais reduzida se tivesse pensado até que ponto David Saldanha «tinha capacidade para exercer um controlo dos seus actos».

Na sua opinião, o relatório é claro quanto à doença de que padece, que torna a «imputabilidade diminuta». «O David é um psicopata», frisou. A leitura do acórdão está marcada para dia 23.

TVI24
 
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