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Trocas de olhares reveladas no Facebook

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"Vista" pela última vez ontem, no feriado, dia 1 de Novembro! Eram qualquer coisa como as 5 da tarde. Entrámos ambos em Sete Bicas e sentámo-nos naqueles bancos em que os passageiros ficam de frente". Genji Murasaki foi o primeiro publicar uma mensagem no grupo do Facebook "Porto Subway Love".

Genji Murasaki foi o primeiro a quebrar a vergonha pelos olhares trocados durante uma viagem no metro do Porto e o primeiro a desafiar a sorte para encontrar a rapariga de "all-star pretas, camisola branca com um lacinho pouco abaixo do pescoço, cabelo como fios de ouro, ondulado, pelo pescoço, olhos verdes e sem brincos".

A mensagem de Genji inaugurou as discussões do grupo "Porto Subway Love", recém-criado no Facebook por Daniel Micaelo-Rosa, que espera assim colocar na mesma linha olhares trocados, mas perdidos nas viagens no metro do Porto. A ideia, romântica e à medida da sensibilidade artística do autor, assenta como uma luva no público a que se destina.

Dados da Metro do Porto, que tem acompanhado "informalmente e com interesse" o "Porto Subway Love", indicam que 64% dos passageiros têm menos de 35 anos.

Daniel Micaelo-Rosa inspirou-se num fórum com o mesmo propósito, criado pelos utentes do Metro de Berlim. "Identifiquei-me com a ideia e achei interessante aplicar o conceito aos latinos", explicou o doutorando em Estudos Artísticos, de 28 anos, ao JN. Aos latinos e ao metro da cidade do Porto ao qual Daniel Micaelo-Rosa atribui uma aura de juventude, irreverência e uma maior propensão para a troca de olhares.

O grupo, criado a 12 de Outubro, conta já com mais de 600 amigos, muitos dos quais tem passado pelo mural do Porto Subway Love para felicitar Daniel Micaelo-Rosa pela iniciativa, animados pela hipótese de os olhares poderem ter sequência além da estação de saída do metro.

E dos olhares - que ocorrem garante o autor do Daniel Micaelo-Rosa nesse "momento instrospectivo e de pausa" que dura uma viagem de metro - poderá resultar não só o amor, como a amizade e a partilha de interesses. "Não é um grupo de engate", sublinha Daniel, preocupado com a fronteira ténue entre o "jogo de sedução" romântico nascido numa troca de olhares no metro e a mera procura de encontros fora do espírito do "Porto Subway Love".

Carlos Filipe Pinto abriu também uma discussão no grupo do Facebook em busca da rapariga com quem partilhou "olhares", numa viagem entre as estações de Senhora da Hora e a de Vasco da Gama. "Sexta feira, 29/10, mais fim de tarde, entraste na Senhora da Hora e saíste em Vasco da Gama. Estavas na carruagem oposta à minha, eu no princípio, tu no fim, mas conseguimos trocar uns olhares", escreveu Carlos Pinto.

O número de membros do "Porto Subway Love" tem aumentado desde a primeira notícia sobre o grupo. Em pouco mais de duas semanas, são já mais de 600 os utentes do metro do Porto que se juntaram à iniciativa.

A empresa Metro do Porto assiste, com interesse, ao crescimento do projecto. "Este tipo de iniciativa mostra que há vida dentro do metro e que o Metro do Porto é um metro cosmopolita e dinâmico", disse Jorge Morgado, do gabinete de comunicação da Metro do Porto.

Entretanto, de Lisboa chegaram já dois contactos para a criação de grupos idênticos aos do "Porto Subway Love". "Não criei o grupo por motivação pessoal, mas para que possamos sentir que ainda somos humanos e que ainda podemos sentir", explicou Daniel Micaelo-Rosa.

JN
 
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