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Eleições em Myanmar marcadas por acusações de fraude

florindo

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Os eleitores das primeiras eleições em 20 anos em Myanmar, antiga Birmânia, votaram hoje, domingo, no meio de uma enxurrada de críticas de que a votação foi uma fraude em favor dos militares no poder.

Entre as vozes críticas, está a do presidente dos EUA, Barack Obama, que disse hoje em Bombaim, na Índia, que este processo eleitoral "é tudo menos livre e justo".

De acordo com as agências de notícias internacionais, desconhece-se até ao momento quando serão publicados os resultados das eleições, com a Junta a referiu apenas que tal acontecerá "a tempo".

É quase certo, porém, que seja o Partido da União de Solidariedade e Desenvolvimento (USDP) a vencer as eleições, apesar da oposição popular generalizada aos 48 anos de regime militar.

As ruas de Rangun, a maior cidade de Myanmar, estiveram invulgarmente calmas durante o período das eleições, com poucos votantes nas assembleias de voto, com os birmaneses a optarem por permanecer em casa devido a rumores de que poderiam explodir bombas na cidade.

A polícia de choque foi mobilizada para alguns quarteirões, mas não houve registo de soldados nas proximidades dos locais de voto.

O USDP quer colocar 1112 candidatos para um total de 1159 lugares no parlamento, enquanto o seu rival mais próximo - o partido da unidade nacional apoiado pelos partidários do governante militar anterior - tem 995 candidatos.

O maior partido da oposição, a Força Democrática Nacional, concorre a apenas 164 lugares.

As eleições foram escritas para beneficiar o USDP e centenas de potenciais candidatos da oposição - incluindo a Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, cujo partido obteve uma vitória esmagadora nas últimas eleições em 1990 - estão em prisão domiciliária ou na prisão.

Seja qual for o resultado, a Constituição reserva 25% dos assentos parlamentares nomeados para militares.

Para o escrutínio não foram acreditados jornalistas estrangeiros e um repórter de imagem japonês da agência de notícias France Presse foi preso na Birmânia, perto da fronteira com a Tailândia, quando tentava fazer a cobertura do evento.

JN
 

florindo

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Comunidade internacional critica eleições em Myanmar

A tensão entre rebeldes e militares em Myanmar subiu hoje, hoje, e aumentaram também as criticas internacionais e acusações de fraude nas eleições, com Londres e Paris a manifestarem-se.

A França pediu a Junta Militar de Myanmar (antiga Birmânia) que procure o "diálogo com a oposição", no dia em que decorrem eleições que o governo francês considera que não são "nem livre nem pluralistas".

O chefe da diplomacia francesa, Bernard Kouchner, lamentou que "ao longo do processo eleitoral não se tenham respeitado os direitos da oposição".

Também pediu a libertação da Prémio Nobel da Paz 1991, Aung San Suu Kyi, e das mais de duas mil pessoas que continuam "detidas por causa das suas convicções políticas".

O ministro britânico dos negócios Estrangeiros William Hague fez declarações no mesmo sentido, considerando que o processo eleitoral não representa "nenhum progresso".

William Hague considera que o processo está "manchado" porque não foi "livre, nem justo nem inclusivo".

As críticas de Londres e Paris juntam-se às já feitas também pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que disse hoje em Bombaim, na Índia, que este processo eleitoral "é tudo menos livre e justo".

Já no final do dia, a tensão aumentou na região próxima da fronteira com a Tailândia, com o exército a intervir para acabar com um protesto levado a cabo por centenas de pessoas contra a forma como decorreram as eleições.

Segundo Zipporah Sein, secretário geral da União Nacional Kren (KNU), cerca de 300 militares foram enviados para a localidade de Myawaddy, onde decorria o protesto.

As ruas de Rangun, a maior cidade da Birmânia, estiveram invulgarmente calmas enquanto decorriam as horas de abertura das mesas de voto, com poucos votantes e pessoas nas ruas, com os birmaneses a optarem por permanecer em casa devido a rumores de que poderiam explodir bombas na cidade.

A polícia de choque foi mobilizada para alguns quarteirões, mas não houve registo de soldados nas proximidades dos locais de voto.

De acordo com as agências de notícias internacionais, desconhece-se até ao momento quando serão publicados os resultados das eleições, com a Junta a referiu apenas que tal acontecerá "a tempo".

JN
 
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