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Marrocos: Vários mortos em acção violenta em acampamento

Rotertinho

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Forças de seguranças intervêm para desalojar 20 mil sarauís
Marrocos: Vários mortos em acção violenta em acampamento

Uma cooperante espanhola no Saara Ocidental confirmou que várias pessoas morreram e diversas ficaram feridas no ataque desta manhã das forças marroquinas ao acampamento Gdaim Izik, perto de El Aaiun.

Raquel del Castillo acrescentou, em contacto telefónico, que várias pessoas procedentes do acampamento chegaram ao hospital sem vida.

"O acampamento está totalmente destruído. E os confrontos continuam agora na cidade de El Aaiun", afirmou.

De acordo com a mesma fonte, responsável da organização não-governamental Thawra, "todas as 'jaimas' [tendas usadas no acampamento] foram queimadas”.

"O acampamento está destruído", disse Del Castillo, responsável da organização não governamental Thawra.

Bucharaya Beyun, delegado da Frente Polisário em Espanha, tinha já confirmado à Lusa, em Madrid, ter recebido informação sobre um "elevado número de vítimas", mas explicou que as dificuldades de comunicação com o local "tornam complicado confirmar números".

A acção marroquina começou cerca das 06h30, disse Beyun, acrescentando que a intervenção foi "violenta e com força bruta".

As forças de segurança marroquinas pediram primeiro, por altifalantes, que as mulheres e as crianças saíssem do acampamento e depois entraram no local com canhões de água e a lançar granadas de gás lacrimogéneo para desalojar os mais de 20 mil sarauís que ali vivem, de acordo com testemunhas citadas pelas agências noticiosas espanholas.

A intervenção envolveu forças policiais, unidades antimotim e militares, apoiados por helicópteros que estão a voar "a baixa altitude para intimidar e assustar as pessoas no acampamento", acrescentou Beyun.

Classificando esta acção como "uma declaração de guerra de Marrocos", Beyun recordou que o desmantelamento do acampamento ocorre no mesmo dia em que está previsto o arranque das negociações entre Marrocos e a Frente Polisário, sob auspícios da ONU, em Nova Iorque.

"Fazem isto no mesmo dia em que começamos as negociações. É uma escalada de violência e de tensão que demonstra a prepotência e a intransigência de Marrocos e que pretende dificultar e prejudicar as negociações", afirmou, acrescentando que a comunidade internacional, incluindo o secretário-geral da ONU (Ban Ki-moon), “pediu para que as partes reduzissem a tensão, acalmassem a violência. Marrocos responde assim, com prepotência e intransigência e, aparentemente, sem querer negociar".

Beyun apelou para que a comunidade internacional responda a esta provocação de Marrocos.


Correio da Manhã
 
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