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"Mercados não têm razão para percepcionar risco na dívida", diz Governo

florindo

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O ministro da Economia, Vieira da Silva, disse hoje, terça-feira, que os mercados não têm razões para percecionar risco na dívida portuguesa e rejeitou o limite de sete por cento nos juros para recorrer ao fundo europeu e ao FMI.

"Não há nenhum limite objectivo, nem a fixação de nenhuma fronteira. A situação internacional tem evoluído muito rapidamente e as avaliações têm de ser feitas à medida que essa evolução se verifica", disse à agência Lusa o responsável pela pasta da Economia, referindo-se aos juros das obrigações soberanas a 10 anos, que hoje renovaram máximos e se aproximam da barreira dos sete por cento.

A 'barreira psicológica' dos 7% foi lançada pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que disse, em entrevista ao Expresso há precisamente um mês, que "com taxas de juro que se aproximem dos sete por cento entramos num terreno onde essa alternativa começa a colocar-se".

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos estão hoje a negociar novamente em máximos históricos ao atingirem, pelas 13:10, aos 6,842 por cento.

Para Vieira da Silva, "os mercados não têm razão para percepcionar risco na divida portuguesa", já que o país "já mostrou capacidade de corrigir os seus desequilíbrios no passado" e está empenhado em fazê-lo novamente.

"Portugal honra os seus compromissos financeiros e assumiu para com a comunidade internacional e para si próprio uma redução do défice que é a melhor garantia do empenho do país em corrigir os desequilíbrios que contribuem para que, neste cenário internacional tão adverso, a nossa dívida seja colocada sobre pressão", considerou o responsável pela pasta da Economia, Inovação e Desenvolvimento.

O ministro lembrou ainda que os máximos hoje atingidos referem-se "às taxas de juro que se praticam no mercado secundário" e não nos custos de colocação da dívida portuguesa.

Na quarta-feira, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público emite dívida de longo prazo para conseguir entre 750 e 1250 milhões de euros.

Questionado sobre se receia que os valores hoje atingidos no mercado secundário se reflictam no leilão de quarta-feira, Vieira da Silva reiterou que "não há nenhuma razão para acrescentar alguma coisa ao que tem sido dito pelo Governo, não tem existido uma diminuição da procura da nossa dívida e não vejo nenhuma razão para que haja uma leitura diferente da que já foi feita".

Questionado sobre o corte da relação comercial entre o BES e a Fitch, na sequência de uma deterioração da análise feita à instituição liderada por Ricardo Salgado, o ministro Vieira da Silva não quis comentar: "É uma questão que tem a ver com relações comerciais privadas e não me compete comentar".

JN
 
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