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“Elas têm medo do violador”

Rotertinho

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Oleiros: Seropositivo julgado por abusar de duas meninas
“Elas têm medo do violador”

Um ano passado sobre os crimes de violação de que foram alvo duas meninas, seis e 11 anos, às mãos de um madeireiro seropositivo, as vítimas não conseguiram testemunhar ontem à frente do arguido, no Tribunal de Oleiros. Só quando António Jorge, 37 anos, saiu da sala revelaram o "muito medo" que ainda sentem do pedófilo. A mãe de uma delas disse ao CM que a filha "ainda não esqueceu aquilo que sofreu" e continua a "viver com muito medo dele".

"Se eu tenho muito medo dele quanto mais ela, coitadinha! Ele tem de ficar na prisão. É lá que vai ter de pagar pelo mal que fez à minha menina", adiantou a mulher, que ontem não conseguiu "olhar para a cara" do pedófilo.

Também a população de Oleiros está chocada com os crimes sexuais e algumas pessoas manifestaram o seu descontentamento junto ao tribunal, onde o arguido começou ontem a ser julgado à porta fechada. "Uma pessoa que faz isso às crianças devia ser morta", desabafou ao CM João Neves.

Além das duas vítimas, foram ouvidos as mães, dois meninos que terão presenciado uma parte das agressões sexuais e a catequista a quem a menina mais velha rela-tou os abusos e agressões de que estava a ser vítima.

Nas alegações finais, o procurador do Ministério Público (MP) considerou que todos os factos foram provados em tribunal e pediu uma pena de prisão efectiva para o arguido, sem no entanto a quantificar. António Jorge está acusado de três crimes de violação agravados, um de abuso sexual de crianças agravado e dois de propagação de doença, por ser seropositivo. Arrisca uma pena que pode ir dos três aos dez anos de cadeia.

Este caso foi denunciado à GNR e também na escola frequentada pelas vítimas e desvendado pela Polícia Judiciária de Coimbra, em Abril último, mas os crimes já decorriam desde 2009. O calvário das duas crianças só terminou quando o suspeito foi detido. A leitura do acórdão por parte dos juízes está marcada para o próximo dia 15, às 14h00.


Correio da Manhã
 
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