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Groundforce suspende operação no aeroporto de Faro

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A Groundforce, a maior prestadora de serviços de assistência de transportes em terra nos aeroportos portugueses vai suspender a sua operação no aeroporto de Faro e dispensar os 336 trabalhadores. O encerramento da operação foi confirmado hoje, quarta-feira, pelo administrador delegado da empresa, Fernando Melo.

"A suspensão da operação da Groundforce no aeroporto de Faro visa reduzir os prejuízos da empresa, condição que é indispensável à viabilização do seu futuro e dos restantes dois mil postos de trabalho", disse o responsável numa conferência de Imprensa a decorrer em Lisboa.

De acordo com Fernando Melo, o Conselho de Administração da empresa teve de tomar esta decisão, que "anda a adiar há dois anos", tendo lamentado ser necessário levar por diante o despedimento colectivo de 336 pessoas e alegado que não havia alternativa.

Questionado pela agência Lusa sobre se o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, tinha conhecimento acerca desta decisão, Fernando Melo foi afirmativo: "Sim, o ministro tem conhecimento do se ia passar hoje", ou seja, o anúncio da suspensão da operação da Groundforce no aeroporto de Faro, a partir de 1 de Janeiro do próximo ano, que implicará o despedimento colectivo de 336 trabalhadores.

O responsável da empresa de "handling" justificou ainda a decisão tomada devido ao facto de Faro registar uma facturação de cinco milhões de euros por ano e ter custos na ordem dos 13 milhões, isto é, oito milhões de prejuízos anualmente.

Sindicato lamenta despedimento

O Sindicato dos Técnicos de Handling dos Aeroportos lamentou hoje, quarta-feira, que a Groundforce queira avançar com o despedimento colectivo de 336 pessoas no Aeroporto de Faro, Algarve, enquanto no Brasil sustenta 2.800 trabalhadores com prejuízos de 70 milhões de euros/ano.

O presidente do Sindicato dos técnicos de Handling dos Aeroportos, André Teives, critica a empresa de handling Groundforce - detida a 100% pela transportadora aérea estatal TAP - por anunciar "um despedimento colectivo" no Algarve, enquanto no Brasil sustenta 2.800 funcionários com "prejuízos de 70 milhões de euros por ano".

"A mesma empresa, que com investimentos do Estado português, sustenta 2.800 trabalhadores no Brasil com 70 milhões de euros por ano de prejuízo, vem agora querer mandar para o desemprego os funcionários do Algarve", declarou à Lusa.

Segundo André Teives, "todos os trabalhadores da base de Faro estão "efectivos nos quadros da empresa", têm entre "10 a 20 anos de casa" e estão a meio da vida activa, com uma média de idades "situada nos 40 anos".

A reconversão destes trabalhadores não é fácil, pois a função deles é trabalhar com aeronaves, com regras internacionais e se o avião for mal carregado não descola ou pode cair", alerta André Teives.

Os trabalhadores da Groundforce souberam do despedimento colectivo pela comunicação social, contou o presidente do Sindicado dos Técnicos de Handling dos Aeroportos.

Uma funcionária do balcão da Groundforce no Aeroporto Internacional de Faro, que pediu o anonimato, confirmou hoje à Lusa que "oficialmente não tinha sido informada dos despedimentos".

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações lamentou hoje os despedimentos na empresa de assistência em terra em aviões Groundforce, afirmando que este tipo de situações deve ser encarado no âmbito de processos de reestruturação.

O governante acrescentou, todavia, que é importante ter presente que "há processos de reestruturação ao nível das diferentes empresas que visam precisamente atacar situações de défice que são insustentáveis".

A Groundforce possui atualmente bases operativas de assistência a bagagens e "check in" no Porto, Lisboa, Faro, Porto Santo e Funchal.

JN
 
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