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Imprensa revela o culpado do maior escândalo de espiões russo

florindo

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Out 11, 2006
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O diário russo "Kommersant" revelou hoje, quinta-feira, o principal culpado do escândalo de espionagem que rebentou entre Moscovo e Washington em Junho passado, pouco depois da primeira visita do presidente russo, Dmitri Medvedev, aos Estados Unidos.

Segundo o jornal, trata-se do tenente-coronel Cherbakov, do Serviço russo de Inteligência Externa (SVR).

Onze presumíveis agentes do SVR foram detidos nos Estados Unidos em finais de Junho e foram trocados, em Viena, por quatro cidadãos russos que cumpriam penas de prisão por espionagem a favor do Ocidente. Este foi o maior escândalo de espionagem entre a Rússia e os Estados Unidos depois do fim da guerra fria.

O "Kommersant" considera que os agentes do SVR foram denunciados por Cherbakov, que, durante muito tempo, dirigiu a secção americana do chamado "Departamento S", divisão do SVR que se dedica ao trabalho com os infiltrados.

Uma fonte da investigação contou ao diário que a filha de Chervakov vivia há muitos anos nos Estados Unidos, "sem que ninguém tenha estranhado que uma pessoa nesse cargo tivesse parentes no estrangeiros".

Também não levantou suspeitas a sua recusa em aceitar a promoção que o SVR lhe propôs quase um ano antes do escândalo. Segundo o "Kommersant", a oferta foi declinada para evitar o teste do polígrafo, ou detector de mentiras, obrigatório nesses casos.

O filho de Cherbakov, que trabalhava no organismo russo de controlo de drogas, apressou-se a apanhar um avião de Moscovo para os Estados Unidos pouco antes da detenção dos agentes do SVR em território norte-americano. E o próprio delator fugiu três dias antes da chegada de Medvedev aos Estados Unidos.

"Os americanos procederam às detenções por recearem que suspeitássemos de uma traição e começássemos a retirar dos EUA os nossos infiltrados. Isso colocou a Casa Branca numa situação muito embaraçosa, com os nervos à flor da pele, pois ninguém queria comprometer a primeira visita de Medvedev aos Estados Unidos", precisou a fonte.

Um alto funcionário do Kremlin disse ao "Kommersant" que a traição não ficará impune.

"Sabemos quem e onde está ele... Não duvidem que já foi enviado um Mercader para tratar dele", frisou.

Em 1940, Ramon Mercader, agente dos serviços secretos soviéticos, assassinou Leão Trotski com golpes na cabeça no México. A ordem desse assassínio partiu do ditador comunista, José Estaline.

JN
 
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