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Limpeza das igrejas custa milhares de euros

florindo

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A limpeza das frases atribuídas a alegados grupos anarquistas inscritas na Sé e Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, não tem ainda data para avançar, mas estará por dias a escolha da empresa a quem vai ser entregue o trabalho, que é minucioso e muito caro.

"Isto é um tipo de poluição que custa muito dinheiro ao Estado. Estamos a falar de monumentos classificados, pelo que a limpeza não pode ser feita através de jactos de água. E, neste caso, a Cultura tem de ser exemplar, pelo que não serão utilizados métodos abrasivos", explica uma fonte da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo.

Há quase um mês que a Sé e o Mosteiro de São Vicente de Fora exibem mensagens como: "O SEF e a Igreja andam de mãos dadas. Que ardam os dois", ou "Resorts, TGV, antenas de telecomunicações. O progresso é uma máquina de morte". As frases têm merecido duras críticas por parte dos lisboetas e turistas, ao mesmo tempo que se tornaram, pela negativa, motivo de atracção.

A Direcção Regional de Cultura já consultou várias empresas especializadas em conservação e restauro, mas revela que a disparidade de preços está a levar a uma maior ponderação, ainda mais numa conjuntura de cortes orçamentais. "Há valores dos mil aos 10 mil euros, dependendo dos métodos de limpeza. Temos de fazer uma análise das propostas em conjunto com o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico", refere a fonte da Direcção da Cultura, acrescentando que, no caso da Sé, foram pintadas pedras originais do monumento, erguido por ordem de D. Afonso Henriques.

Apesar da grandeza dos monumentos vandalizados, as frases, são também elas garrafais e não passam despercebidas. "Já vi gente que só se interessa pelos rabiscos. Em vez de tirarem fotos à Sé, tiram aos rabiscos", comenta, espantado, José António, que explora um snack-bar junto à igreja.

O fenómeno não é novo. No ano passado, em Barcelona, Espanha, mais de duas dezenas de igrejas foram vandalizadas por alegados grupos anarquistas. Já este ano, o Santuário de Fátima foi também o alvo escolhido para inscrever palavras infantis e símbolos ligados à cultura muçulmana.

"Isto é puro vandalismo, falta de civismo e total ausência de sentido de cultura. É uma pena", criticou Manuel Richart, um turista espanhol que acabava de visitar a velhinha Sé.

"Então não havia outra maneira de desabafar sem estragar as paredes. Isto dá uma má imagem do país", sentenciou, por sua vez, Emília Reis, residente na zona onde está implantado o Mosteiro de São Vicente de Fora.

JN
 
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