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Algarve perde 140 mil turistas até Março

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Grandes operadores cancelam viagens de Inverno. Prejuízo de 50 milhões

O cancelamento das operações de Inverno de dois dos maiores operadores vai originar cerca de 50 milhões de euros de perdas directas nas receitas do turismo no Algarve. Entre Outubro e Março, a região perderá cerca de 140 mil potenciais investidores.

A Thomas Cook (TC) e a TUI, dois dos maiores operadores turísticos a trazer turistas europeus para o Algarve, cancelaram as operações para a época baixa. Tal terá um impacto directo na ordem dos 50 milhões de euros e um indirecto incalculável - desde os transportes à restauração -, se considerarmos uma perda de apenas 10% de quase 1,4 milhões de passageiros que, na mesma época, em 2009, desembarcaram em Faro em voos charter, tiveram uma estada média de seis dias e um gasto diário de 56,3euro.

Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, diz que os hoteleiros vão avançar em tribunal contra a TC, que "decidiu efectuar um desconto unilateral de 5% na facturação dos meses de Verão". Uma situação que havia sido proposta, na Primavera, aos hoteleiros, como "compensação pelos prejuízos devido às cinzas do vulcão islandês", mas que estes rejeitaram e que, agora, foi aplicado sem aviso.

"Já fomos contactados por um representante da TC para saber se íamos para tribunal. O nosso receio é que, se o fizermos, percamos também a operação de Verão e isso significa uma perda de 75 mil clientes. Os 5% nem pagam as despesas em tribunal", adiantou, ao JN, um hoteleiro.

SCUT não ajudam

A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT), entretanto, em conjunto com cinco congéneres europeias de países como a Itália, Espanha, Malta, Grécia e Chipre, exigiu a intervenção da Comissão Europeia e o arranque de uma investigação aos referidos operadores, bem como, a nível nacional, a retirada de quaisquer apoios do Turismo de Portugal à TC.

Nuno Aires, presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve, desvaloriza o cancelamento da operação daquelas duas agências que trabalhavam, principalmente, os mercados britânico e irlandês - os que mais têm fugido do Algarve com a desvalorização da libra. "A TC já tem vindo a diminuir as operações, porque os clientes marcam cada vez mais as viagens pela Internet e não recorrem a eles e as próprias companhias de aviação low-cost ajudaram a dispensar os voos charter", explica Nuno Aires, que acredita que "os britânicos que não vêm com a TC passam a vir nas low-cost".

Embora preocupado com a situação do turismo no Algarve, o responsável considera as possíveis falências como "resultantes da selecção natural necessária" e, portanto, "mesmo a saída da TC e da TUI dará a oportunidade a outros operadores para trabalhar".

Mais preocupante para o presidente do Turismo algarvio é o "método de pagamento das SCUT" que, não sendo "prático e amistoso será mal recebido pelos espanhóis". Um verdadeiro "tiro nos pés" quando o turismo do Algarve tem feito uma promoção "muito forte junto à fronteira" e, com as SCUT portajadas desta forma, "os espanhóis vão deixar de vir passear ao Algarve e de vir almoçar ao domingo".

"É uma medida desajustada ao que precisamos, que é deixar entrar turistas. Também a nível de mercado nacional, antecipamos que a classe média vai ter dificuldades em reagir ao aumento de impostos", disse Nuno Aires.

JN
 
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