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Moradores queixam-se que Refer vedou passagem de nível na linha do Tâmega

florindo

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Out 11, 2006
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Moradores de Vila Caiz, Amarante, queixam-se de serem obrigados a percorrer uma distância de dois quilómetros porque a Refer vedou uma passagem de nível num caminho público.

Segundo populares ouvidos pela Lusa, "a situação é caricata" porque a antiga travessia da linha do Tâmega, no lugar de Vilarinho, foi encerrada em 2005, por alegadas razões de segurança, e assim se manteve após o Verão de 2009, apesar da circulação ter sido suspensa nessa data para realização de obras na linha.

Os carris entre as estações de Amarante e da Livração, no Marco de Canaveses, ainda foram levantados, só que, face à crise, o Governo mandou suspender a obra, desconhecendo-se se algum dia a circulação ferroviária será reposta.

A representante dos moradores, Maria Pereira, residente naquele lugar e cuja habitação fica a poucas dezenas de metros da antiga passagem de nível, diz-se revoltada com a situação, assim como os vizinhos.

"Agora que problema de segurança pode haver se são já não há comboios? O que eu quero é que retirem isto para podermos passar", exclamou à Lusa, apontando para as vedações metálicas colocadas pela Refer.

Segundo a moradora, são prejudicadas pela situação várias habitações do lugar de Vilarinho, cujos habitantes são obrigados a percorrer um caminho alternativo com cerca de dois quilómetros. Maria Pereira diz que esse acesso é estreito, impedindo o cruzamento de dois automóveis, sinuoso e demasiado íngreme, tornando-se escorregadio, como a Lusa confirmou no local.

"Aqui nem uma ambulância pode vir", lamentou-se, dizendo-se insegura.

A passagem de nível dava passagem à Rua do Tapadinho, por onde há dezenas de anos passavam diariamente viaturas e peões, nomeadamente em direcção a uma capela próxima.

Em 2009, foi entregue à Refer um abaixo-assinado a exigir a reabertura da passagem de nível, mas a empresa remeteu os populares para um acordo celebrado com a Junta de Freguesia de Vila Caiz em 2005, no qual aquela autarquia concordou com encerramento da travessia da linha.

O presidente da junta, António Jorge Ricardo, disse à Lusa que o actual executivo não tem qualquer responsabilidade sobre a decisão, tomada no anterior mandato, mas sublinhou que o acordo celebrado com a Refer também previa que a empresa pública se comprometia a arranjar uma travessia alternativa para os moradores.

No início de 2009, técnicos da Refer, a pedido da junta, estiveram no local e confirmaram que a passagem de nível iria manter-se encerrada, estando a ser estudado o alargamento do caminho alternativo, o que nunca aconteceu até hoje.

Segundo o autarca, já foi pedido que a Refer reabrisse a passagem, atendendo que actualmente a circulação está suspensa, mas da empresa não houve ainda resposta.

JN
 
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