• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Perturbações psiquiátricas: Portugal tem «padrão atípico»

maioritelia

Sub-Administrador
Team GForum
Entrou
Ago 1, 2008
Mensagens
8,309
Gostos Recebidos
160
Portugal tem «um padrão atípico, em termos europeus», de prevalência de perturbações psiquiátricas, com números que se aproximam aos dos Estados Unidos, país com maior prevalência no mundo, disse à Lusa o coordenador do estudo nacional sobre saúde mental.

O primeiro estudo que faz o retrato da saúde mental em Portugal insere-se na iniciativa mundial dos estudos epidemiológicos da Organização Mundial de Saúde (OMS), é coordenado pela Universidade de Harvard nos Estados Unidos e envolve 24 países, tendo até hoje criado a «maior base de dados do mundo», com mais de 100 mil pessoas entrevistadas.

Em Portugal, o estudo é dirigido pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e revelou que 22,9 por cento dos 3849 entrevistados, amostra representativa da população portuguesa, sofrem de perturbações psiquiátricas, aproximando-se dos 26,3 por cento registados nos EUA.

«Nós aparecemos com resultados mais elevados do que os restantes países do Sul da Europa, que têm um padrão com prevalência mais baixa do que os países do Norte. Nós temos valores mais elevados do que no Norte da Europa, aproximando-nos dos Estados Unidos», explicou o responsável pelo estudo português, Caldas de Almeida. No topo dos problemas estão as perturbações de ansiedade, com 16,5 por cento, as perturbações depressivas, com 7,9 por cento, as perturbações de controlo dos impulsos, com 3,5 por cento, e as perturbações relacionadas com o álcool, 1,6 por cento.

Os primeiros resultados do estudo revelam que os mais afectados são as mulheres e os jovens dos 18 aos 24 anos e, dentro destes dois grupos, especialmente aqueles que estejam separados, viúvos e divorciados e tenham níveis de literacia baixos e médios.

Para além de medir a prevalência das doenças mentais, o estudo também tem como objectivo «o impacto destas doenças na produtividade de um país, em termos de incapacidade, de faltas ao trabalho, de doenças físicas» e também na utilização dos serviços de saúde, explicou Caldas de Almeida.


dd.
 
Topo