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O conselheiro de Estado Vítor Bento disse hoje, terça-feira, em Braga que a vinda do FMI "não traria um milagre, porque as medidas de austeridade têm de ser aprovadas e tomadas" pelo governo português.
"Quem é o orientador técnico é pouco relevante, o que interessa é haver capacidade política de tomar as medidas necessárias", afirmou, lamentando que se tenha passado "demasiado tempo" a iludir o problema do endividamento.
O economista falava aos jornalistas no final de uma conferência que proferiu na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho.
Vítor Bento defendeu que é preciso "parar com as grandes obras públicas, dado que vão ser consumidoras de capital que faz falta à economia e não vão aumentar a sua eficiência".
Nesse sentido, considerou ser necessário usar esses recursos financeiros para o sector dos bens transaccionáveis, o que - sublinhou - "não tem sido feito de forma suficiente".
Disse que Portugal tem, forçosamente, de "passar por um período de dois ou três anos de austeridade, para que os parceiros internacionais continuem a confiar nas finanças e na economia portuguesa".
"Temos de fazer a austeridade e resolver o problema do défice das contas públicas num tempo razoável de dois ou três anos", afirmou.
Considerou ser necessário mudar o discurso governamental, reconhecendo que Portugal "tem um problema" de endividamento externo e interno: "vai ser mais difícil, vai levar mais tempo, mas já noutras períodos recentes resolvemos o problema", sublinhou.
Para Vítor Bento, a receita para vencer a actual crise passa, ainda, "por parar os comportamentos que a originaram e procurar ajuda técnica".
JN
"Quem é o orientador técnico é pouco relevante, o que interessa é haver capacidade política de tomar as medidas necessárias", afirmou, lamentando que se tenha passado "demasiado tempo" a iludir o problema do endividamento.
O economista falava aos jornalistas no final de uma conferência que proferiu na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho.
Vítor Bento defendeu que é preciso "parar com as grandes obras públicas, dado que vão ser consumidoras de capital que faz falta à economia e não vão aumentar a sua eficiência".
Nesse sentido, considerou ser necessário usar esses recursos financeiros para o sector dos bens transaccionáveis, o que - sublinhou - "não tem sido feito de forma suficiente".
Disse que Portugal tem, forçosamente, de "passar por um período de dois ou três anos de austeridade, para que os parceiros internacionais continuem a confiar nas finanças e na economia portuguesa".
"Temos de fazer a austeridade e resolver o problema do défice das contas públicas num tempo razoável de dois ou três anos", afirmou.
Considerou ser necessário mudar o discurso governamental, reconhecendo que Portugal "tem um problema" de endividamento externo e interno: "vai ser mais difícil, vai levar mais tempo, mas já noutras períodos recentes resolvemos o problema", sublinhou.
Para Vítor Bento, a receita para vencer a actual crise passa, ainda, "por parar os comportamentos que a originaram e procurar ajuda técnica".
JN