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França tem de negociar com o próprio Bin Laden a sorte dos reféns

florindo

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A França deve negociar com o próprio Osama bin Laden o destino dos cinco reféns franceses capturados numa cidade mineira africana, afirmou hoje um líder do ramo magrebino da al-Qaeda.
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Em mensagem áudio, transmitida hoje pela televisão Al-Jazeera, Abu Mossab Abdeluadud adiantou que para garantir a segurança dos reféns, as tropas francesas têm de sair do Afeganistão.

"Qualquer negociação tem de ser feita com Osama bin Laden e de acordo com as suas condições", segundo a mensagem, descrita como sendo de Abdeluadud, um dos principais dirigentes da al-Qaeda no Magrebe Islâmico.

O governo francês já tinha manifestado a sua disposição para falar com o grupo da África do Norte de forma a encontrar uma solução para a crise.

A mensagem não detalhou a possibilidade de contactar com Bin Laden, que se acredita que esteja escondido nas montanhas algures ao longo da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.

A gravação é divulgada mais de duas semanas depois de uma mensagem atribuída ao próprio Bin Laden, em que este atacava a França por ter tropas no Afeganistão e por aprovar uma lei que proíbe o véu em espaço público.

Abdeluadud repetiu o apelo aos franceses para que saiam do Afeganistão e deixem de atacar os muçulmanos.

"A não ser que acabem com as interferências nos nossos assuntos e deixem de fazer injustiças contra os muçulmanos e se quiserem a segurança do povo francês, então devem sair rapidamente do Afeganistão", disse.

A França tem cerca de 3850 militares no Afeganistão, que integram o conjunto militar da NATO.

A Al-Jazeera não revelou como recebeu a gravação áudio, mas no passado tem recebido mensagens de organizações filiadas da al-Qaeda na região.

Os reféns franceses, juntamente com um nacional do Togo e outro de Madagáscar, foram raptados a 16 de setembro enquanto dormiam nas suas casas na cidade mineira de Arlit, onde se extrai urânio.

A al-Qaeda no Magrebe Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos raptos e suspeita-se que tenha levado os reféns para o vizinho Mali.

O grupo derivou da insurgência islamita na Argélia, fundindo-se com a al-Qaeda em 2006 e espalhando-se pelo Saara e pelo Sahel, atacando crescentemente interesses franceses.

Em julho executou um trabalhador humanitário francês, de 78 anos, que tinha raptado três meses antes.

Na altura, disse que esta morte era uma retaliação pela morte de seis membros da al-Qaeda durante uma operação militar, apoiada pelos franceses, contra o grupo.

Também em julho, os militares franceses revelaram que tinham fornecido apoio técnico e logístico às forças mauritanas para que estas frustrassem um ataque de membros da al-Qaeda no Noroeste africano, o que provocou seis mortos.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, descreveu mais tarde esta operação como um "ponto de viragem" e garantiu que a França forneceria treino, equipamento e informação às tropas dos países da região para combater os militantes islamitas no Sahel.

JN
 
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