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Depois da Irlanda, é Portugal quem fica «na linha de fogo»

florindo

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Out 11, 2006
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Mesmo estando «escrito na parede» Governo só reconheceu dois anos mais tarde que a crise ia aterrar em Portugal


Depois de decidido o recurso da Irlanda ao fundo de resgate europeu quem irá ficar «na linha de fogo» dos mercados será mesmo Portugal.

«Não sei a forma exacta como as coisas vão decorrer, mas sei que, no mercado, a ideia é esta: resolvido o caso da Irlanda, Portugal está na linha de fogo. E resolvido o caso de Portugal, vamos ver o que se passa com a Espanha», afirmou o administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), João Cravinho.

O antigo ministro socialista quis, no entanto, frisar que «a situação irlandesa é totalmente diferente [da portuguesa], porque é um colapso do sistema bancário irlandês que o Governo absorve e que desequilibra, por completo, toda a economia».

Ainda assim, acredita que «os investidores vão pensar que Portugal está na linha seguinte e, portanto, vão atacar brutalmente as posições portuguesas» em matéria de dívida pública.

«O pensamento na União Europeia e em Londres é que Portugal tem que vir já a seguir à Irlanda, porque essa é a única maneira de dizer que o problema está controlado e, sobretudo, de dizer para não irem a Espanha, porque isso já é uma coisa muito grande», cita a Lusa.

E «exactamente» por isso, «vai haver uma enorme possibilidade de, com pequenas variações, fazer fortunas e fortunas» e «os investidores, depois de estarem acomodados os caso grego, irlandês e porventura o português, vão-se atirar a Espanha».

Para João Cravinho, foi «uma barbaridade» que o Governo de José Sócrates só em 2010, «com dois anos de atraso» e «apesar de estar escrito na parede», tenha reconhecido que a crise internacional «ia atingir em cheio o nosso país». E o problema é que «os caminhos, agora, serão duríssimos para Portugal».

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