Rotertinho
GF Ouro
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Discurso directo
“Portugal é adequado para Comando Naval”
General Loureiro dos Santos, Ex-Chefe de Estado-Maior do Exército (R), fala sobre Cimeira da NATO, em Lisboa.
Correio da Manhã – Que grande avanço pode trazer o novo conceito estratégico da NATO que sairá da Cimeira de Lisboa?
– O reforço da coesão da aliança e a possibilidade de projectar forças para fora de área, sem criar fracturas que a desgastem, garantindo solidez às relações transatlânticas.
– O fim das operações no Afeganistão, em 2014, pode servir de pretexto para o desinvestimento dos aliados na guerra?
– Pode ser encarada como tal, caso não sejam alcançados os efectivos suficientes das forças afegãs ou as negociações com os taliban não tenham o êxito que se pretende, particularmente porque o presidente Karzai acentua a rota de pouca credibilidade que o caracteriza.
– É possível um acordo com a Rússia tendo em conta a aposta dos EUA na defesa antimíssil?
– Pelo menos, um acordo mínimo que permita estudar com a NATO a possibilidade de articular tecnicamente o seu sistema ABM [mísseis antibalísticos] com o russo, garantindo à Rússia conhecer suficientemente as características do da NATO para não o recear.
– Existe o risco de o comando operacional da NATO, em Oeiras, sair de Portugal?
– Sim, mas espero que não aconteça, pois significaria fazer prevalecer interesses nacionais de outro país sobre os da Aliança, já que Portugal é a posição geoestratégica mais adequada a um comando conjunto ou, no mínimo, a um comando da componente naval.
– Alemanha e França vão conseguir um compromisso com o desarmamento nuclear?
– Sendo duas visões conflituais [a França não deseja perder a sua Force de Frappe e a Alemanha quer a Europa sem armas nucleares tácticas], elas poderão compatibilizar--se enquanto existirem armas nucleares e o sistema ABM não detiver ataques nucleares massivos, o que exige a manutenção da dissuasão nuclear estratégica da NATO.
Correio da Manhã
“Portugal é adequado para Comando Naval”
General Loureiro dos Santos, Ex-Chefe de Estado-Maior do Exército (R), fala sobre Cimeira da NATO, em Lisboa.
Correio da Manhã – Que grande avanço pode trazer o novo conceito estratégico da NATO que sairá da Cimeira de Lisboa?
– O reforço da coesão da aliança e a possibilidade de projectar forças para fora de área, sem criar fracturas que a desgastem, garantindo solidez às relações transatlânticas.
– O fim das operações no Afeganistão, em 2014, pode servir de pretexto para o desinvestimento dos aliados na guerra?
– Pode ser encarada como tal, caso não sejam alcançados os efectivos suficientes das forças afegãs ou as negociações com os taliban não tenham o êxito que se pretende, particularmente porque o presidente Karzai acentua a rota de pouca credibilidade que o caracteriza.
– É possível um acordo com a Rússia tendo em conta a aposta dos EUA na defesa antimíssil?
– Pelo menos, um acordo mínimo que permita estudar com a NATO a possibilidade de articular tecnicamente o seu sistema ABM [mísseis antibalísticos] com o russo, garantindo à Rússia conhecer suficientemente as características do da NATO para não o recear.
– Existe o risco de o comando operacional da NATO, em Oeiras, sair de Portugal?
– Sim, mas espero que não aconteça, pois significaria fazer prevalecer interesses nacionais de outro país sobre os da Aliança, já que Portugal é a posição geoestratégica mais adequada a um comando conjunto ou, no mínimo, a um comando da componente naval.
– Alemanha e França vão conseguir um compromisso com o desarmamento nuclear?
– Sendo duas visões conflituais [a França não deseja perder a sua Force de Frappe e a Alemanha quer a Europa sem armas nucleares tácticas], elas poderão compatibilizar--se enquanto existirem armas nucleares e o sistema ABM não detiver ataques nucleares massivos, o que exige a manutenção da dissuasão nuclear estratégica da NATO.
Correio da Manhã