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O ciberespaço de língua espanhola está bem e recomenda-se. Nos dias 19, 20 e 21 reuniram-se no EBE 10, em Sevilha, duas mil e quinhentas pessoas que têm em comum o interesse pela internet
O EBE realiza-se há 5 anos consecutivos, é o segundo maior evento da Europa na área da internet. Este ano teve Portugal como país convidado. Para além da presença física de 2 mil e quinhentas pessoas, foram mais de 13 mil os seguidores do evento no Twitter.
Durante três dias discutiram-se a internet, os conteúdos digitais, os novos modelos de negócio ligados à internet e as redes sociais.
Com uma forte presença de bloggers espanhóis, o evento contou com sessões temáticas para vários tipos de blogues, com workshops apontados para melhorar conteúdos e estratégias de divulgação, passando também pelos novos paradigmas da publicidade e das relações públicas.
Os modelos de negócio e as empresas na era da internet foram discutidos em vários painéis. Uma das questões debatidas foi se estará o ambiente das redes sociais e da internet a mudar a forma como as empresas são geridas e estão estruturadas? Como deve ser a presença das empresas nas redes sociais? Quais as características do comércio electrónico na era das redes sociais? Estes foram alguns dos tópicos mais quentes.
A par destas discussões foi também abordada a criação de comunidades e de que forma as novas ferramentas web 2.0 podem ajudar na criação de redes de pessoas movidas pelos mesmos interesses. A participação da sociedade nas questões da cidadania pode ser alavancada pela utilização das redes sociais. Mas como dizia Doménico Di Siena, arquitecto e investigador no campo das sinergias entre redes físicas (espaços públicos) e digitais (internet), «as redes sociais são apenas ferramentas, são catalisadores, mas os movimentos dos cidadãos são aqueles que marcam mesmo a diferença».
Uma das intervenções com maior assistência foi a de Robert Barr, especialista inglês na área da geolocalização. Segundo Barr, «de repente todos estamos a utilizar tecnologia que mostra onde estamos. Quase todos temos um receptor GPS, um telemóvel, utilizamos serviços Wi-fi, temos um endereço IP que pode ser localizado e até trazemos connosco tecnologia RFID (como é caso dos passaportes)». Para este especialista as oportunidades abertas às empresas por esta nova realizadade são inúmeras. Mas há uma questão fundamental a ter em conta: «até onde é que o utilizador quer que se saiba onde ele está?».
Para Robert Barr, George Orwell estava enganado no seu famoso livro 1984, pois quando falou em «big brother», o tal estado totalitário que estaria a vigiar os cidadãos ele não pensou que iria acontecer o que acabou por acontecer na realidade. «Na actualidade não é o estado totalitário que monitoriza, são as pessoas que se monitorizam umas às outras, mas a uma grande escala», concluiu.
Portugal: um país de oportunidades
Este ano Portugal foi o país convidado, para que os participantes, na sua maioria de nacionalidade espanhola, ficassem a saber um pouco mais sobre o que se passa no país vizinho na área das Tecnologias da Informação e da internet.
A presença portuguesa foi discreta, com uma apresentação levada a cabo por António Bob Santos, assessor do Secretário de Estado da Inovação e Energia, que mostrou as oportunidades que existem em Portugal, tanto a nível da investigação e desenvolvimento como da criação de empresas.
Para António Bob Santos é muito importante dar a conhecer o que se tem sido feito em Portugal nos domínios da investigação e desenvolvimento, bem como na área do empreendedorismo. Um dos tópicos que suscitou maior entusiasmo junto da plateia foi a facilidade de criação de uma empresa em Portugal, através da iniciativa «Empresa na hora». Também o Cartão de Cidadão e as possibilidade que encerra foram alvo de comentários dos participantes. Os avanços na área da penetração da internet e programas como e-escola e e-escolinha foram também abordados, bem como a aposta nas Redes Nova Geração. A importância do seguimento da actual estratégia foi demonstrada através da apresentação da Agenda Digital, lançada em Setembro último.
SOL
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O EBE realiza-se há 5 anos consecutivos, é o segundo maior evento da Europa na área da internet. Este ano teve Portugal como país convidado. Para além da presença física de 2 mil e quinhentas pessoas, foram mais de 13 mil os seguidores do evento no Twitter.
Durante três dias discutiram-se a internet, os conteúdos digitais, os novos modelos de negócio ligados à internet e as redes sociais.
Com uma forte presença de bloggers espanhóis, o evento contou com sessões temáticas para vários tipos de blogues, com workshops apontados para melhorar conteúdos e estratégias de divulgação, passando também pelos novos paradigmas da publicidade e das relações públicas.
Os modelos de negócio e as empresas na era da internet foram discutidos em vários painéis. Uma das questões debatidas foi se estará o ambiente das redes sociais e da internet a mudar a forma como as empresas são geridas e estão estruturadas? Como deve ser a presença das empresas nas redes sociais? Quais as características do comércio electrónico na era das redes sociais? Estes foram alguns dos tópicos mais quentes.
A par destas discussões foi também abordada a criação de comunidades e de que forma as novas ferramentas web 2.0 podem ajudar na criação de redes de pessoas movidas pelos mesmos interesses. A participação da sociedade nas questões da cidadania pode ser alavancada pela utilização das redes sociais. Mas como dizia Doménico Di Siena, arquitecto e investigador no campo das sinergias entre redes físicas (espaços públicos) e digitais (internet), «as redes sociais são apenas ferramentas, são catalisadores, mas os movimentos dos cidadãos são aqueles que marcam mesmo a diferença».
Uma das intervenções com maior assistência foi a de Robert Barr, especialista inglês na área da geolocalização. Segundo Barr, «de repente todos estamos a utilizar tecnologia que mostra onde estamos. Quase todos temos um receptor GPS, um telemóvel, utilizamos serviços Wi-fi, temos um endereço IP que pode ser localizado e até trazemos connosco tecnologia RFID (como é caso dos passaportes)». Para este especialista as oportunidades abertas às empresas por esta nova realizadade são inúmeras. Mas há uma questão fundamental a ter em conta: «até onde é que o utilizador quer que se saiba onde ele está?».
Para Robert Barr, George Orwell estava enganado no seu famoso livro 1984, pois quando falou em «big brother», o tal estado totalitário que estaria a vigiar os cidadãos ele não pensou que iria acontecer o que acabou por acontecer na realidade. «Na actualidade não é o estado totalitário que monitoriza, são as pessoas que se monitorizam umas às outras, mas a uma grande escala», concluiu.
Portugal: um país de oportunidades
Este ano Portugal foi o país convidado, para que os participantes, na sua maioria de nacionalidade espanhola, ficassem a saber um pouco mais sobre o que se passa no país vizinho na área das Tecnologias da Informação e da internet.
A presença portuguesa foi discreta, com uma apresentação levada a cabo por António Bob Santos, assessor do Secretário de Estado da Inovação e Energia, que mostrou as oportunidades que existem em Portugal, tanto a nível da investigação e desenvolvimento como da criação de empresas.
Para António Bob Santos é muito importante dar a conhecer o que se tem sido feito em Portugal nos domínios da investigação e desenvolvimento, bem como na área do empreendedorismo. Um dos tópicos que suscitou maior entusiasmo junto da plateia foi a facilidade de criação de uma empresa em Portugal, através da iniciativa «Empresa na hora». Também o Cartão de Cidadão e as possibilidade que encerra foram alvo de comentários dos participantes. Os avanços na área da penetração da internet e programas como e-escola e e-escolinha foram também abordados, bem como a aposta nas Redes Nova Geração. A importância do seguimento da actual estratégia foi demonstrada através da apresentação da Agenda Digital, lançada em Setembro último.
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