- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 39,008
- Gostos Recebidos
- 366
Os três candidatos apostam na requalificação da profissão
Cerca de 26 mil advogados têm até hoje a possibilidade de escolha entre três candidatos a bastonário. Três estilos diferentes são os de António Marinho e Pinto, Fernando Fragoso Marques e Luís Filipe Carvalho. Todos eles questionam o estado da Justiça.
Até ontem, já tinham votado por correspondência cerca de 13 mil advogados. Está em causa o mandato do próximo triénio na Ordem dos Advogados e, até ao final do dia de hoje defrontam-se nas urnas as propostas de Marinho e Pinto (actual bastonário), de Fragoso Marques e de Luís Filipe Carvalho. Este último, desde há dois anos se vinha anunciando como interessado no exercício do cargo, posição que tem procurado cimentar com a sua presença frequente como comentador num canal de televisão.
Já Fragoso Marques se ressente "de uma batalha eleitoral profundamente desigual" em que se queixa ter sido esquecido pela comunicação social, apesar de "ter percorrido todo o país a falar com os advogados".
Notoriedade pública não é o que falte a Marinho e Pinto, que pretende consolidar trabalho feito neste seu mandato. Afirma o candidato que "não se pode permitir a entrada de milhares de advogados todos os anos, muitos deles sem qualificação". Pretende também lutar pela "rejudicialização da acção executiva, do processo de inventário, bem como combater as altas custas judiciais".
Já Luís Filipe Carvalho propõe-se "arrumar a casa, o que passa por reinstalar a estabilidade institucional da Ordem, que desapareceu". Muito crítico quanto à condução do actual bastonário, este candidato afirma mesmo que "a Ordem está estilhaçada".
Já Fragoso Marques declarou ao JN que tem a expectativa de que estas eleições tragam "a vitória da razão sobre a demagogia". Marinho e Pinto disse-nos que aguarda "um veredicto democrático", que se propõe respeitar, "sejam ou não os resultados favoráveis".
Estes, naturalmente, reflectirão não só as suas propostas programáticas para o próximo triénio, como o exercício daquele que está prestes a concluir. "Que os outros candidatos façam o mesmo, o que não aconteceu durante o meu mandato", afirma o actual bastonário.
Para Fragoso Mendes, além da atenção a dar aos jovens advogados em início de carreira e do combate à massificação da profissão, "é essencial dignificar a intervenção do advogado, no âmbito do apoio judiciário".
Estão em causa, nomeadamente, "as remunerações a tempo e a horas e com dignidade" das defesas oficiosas.
As altas custas judiciais, por outro lado, são incluídas no combate prometido pelo candidato Marinho e Pinto.
Luís Filipe Carvalho não está com meias palavras e quer estabelecer "um plano para interferir" no sistema de Justiça, "de alto a baixo". "A Ordem deve ser a locomotiva dessa reforma", afirma. O plano fica prometido para meados de 2012.
JN
Cerca de 26 mil advogados têm até hoje a possibilidade de escolha entre três candidatos a bastonário. Três estilos diferentes são os de António Marinho e Pinto, Fernando Fragoso Marques e Luís Filipe Carvalho. Todos eles questionam o estado da Justiça.
Até ontem, já tinham votado por correspondência cerca de 13 mil advogados. Está em causa o mandato do próximo triénio na Ordem dos Advogados e, até ao final do dia de hoje defrontam-se nas urnas as propostas de Marinho e Pinto (actual bastonário), de Fragoso Marques e de Luís Filipe Carvalho. Este último, desde há dois anos se vinha anunciando como interessado no exercício do cargo, posição que tem procurado cimentar com a sua presença frequente como comentador num canal de televisão.
Já Fragoso Marques se ressente "de uma batalha eleitoral profundamente desigual" em que se queixa ter sido esquecido pela comunicação social, apesar de "ter percorrido todo o país a falar com os advogados".
Notoriedade pública não é o que falte a Marinho e Pinto, que pretende consolidar trabalho feito neste seu mandato. Afirma o candidato que "não se pode permitir a entrada de milhares de advogados todos os anos, muitos deles sem qualificação". Pretende também lutar pela "rejudicialização da acção executiva, do processo de inventário, bem como combater as altas custas judiciais".
Já Luís Filipe Carvalho propõe-se "arrumar a casa, o que passa por reinstalar a estabilidade institucional da Ordem, que desapareceu". Muito crítico quanto à condução do actual bastonário, este candidato afirma mesmo que "a Ordem está estilhaçada".
Já Fragoso Marques declarou ao JN que tem a expectativa de que estas eleições tragam "a vitória da razão sobre a demagogia". Marinho e Pinto disse-nos que aguarda "um veredicto democrático", que se propõe respeitar, "sejam ou não os resultados favoráveis".
Estes, naturalmente, reflectirão não só as suas propostas programáticas para o próximo triénio, como o exercício daquele que está prestes a concluir. "Que os outros candidatos façam o mesmo, o que não aconteceu durante o meu mandato", afirma o actual bastonário.
Para Fragoso Mendes, além da atenção a dar aos jovens advogados em início de carreira e do combate à massificação da profissão, "é essencial dignificar a intervenção do advogado, no âmbito do apoio judiciário".
Estão em causa, nomeadamente, "as remunerações a tempo e a horas e com dignidade" das defesas oficiosas.
As altas custas judiciais, por outro lado, são incluídas no combate prometido pelo candidato Marinho e Pinto.
Luís Filipe Carvalho não está com meias palavras e quer estabelecer "um plano para interferir" no sistema de Justiça, "de alto a baixo". "A Ordem deve ser a locomotiva dessa reforma", afirma. O plano fica prometido para meados de 2012.
JN