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Juros da dívida a 10 anos recuam para menos de 7%

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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Os desmentidos sobre a necessidade de Portugal precisar de ajuda internacional e a ajuda do BCE que voltou ao mercado para comprar dívida portuguesa e irlandesa contribuíram para um alívio da pressão sobre a dívida pública, cujos juros a 10 anos recuaram para menos de 7%.
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No dia em que o Parlamento aprovou o Orçamento do Estado para 2011, com os votos favoráveis do PS e a abstenção do PSD, os juros da dívida pública a 10 anos recuaram 3,7 pontos base para 6,987%.

O dia começou a ser marcado pela notícia do “Financial Times Deutschland”, que dava conta que Portugal estava a ser pressionado, pelo BCE e vários países do euro, para recorrer a ajuda internacional, para aliviar as pressões sobre Espanha. Entretanto, a notícia foi desmentida pelo Governo português, alemão e por vários responsáveis europeus. “Posso dizer que isso é absolutamente falso, completamente falso”, disse Durão Barroso, citado pela Reuters, acrescentando que um plano de ajuda a Portugal nunca foi solicitado ou sugerido.

Durante o dia foram vários os intervenientes que se pronunciaram sobre a situação de Portugal. Jean-Claude Juncker considera que Portugal e Espanha se conseguiram preparar de forma a antecipar problemas e que as medidas de austeridade apresentadas conseguem colmatar "os desafios que os podiam afectar".

E a própria Elena Salgado, ministra da Economia de Espanha disse: “Acreditamos que Portugal adoptou as medidas com que se comprometeu. Não vejo necessidade de um resgate no que diz respeito a Portugal”, afirmou numa conferência de imprensa depois da reunião do conselho de ministros, citada pela Reuters.

Foi noticiado ainda que o BCE voltou hoje ao mercado para comprar títulos de dívida portugueses e irlandeses de prazos mais curtos.

Estas notícias acabaram por aliviar a pressão sobre a dívida portuguesa, cuja descida de juros foi mais expressiva no prazo de cinco anos, com a “yield” a ceder 13,5 pontos base para 5,894%.

Já na maturidade a dois anos a tendência foi oposta, com o juro a subir 7,9 pontos base para 4,502%.

Em Espanha, onde a pressão também tem aumentado, com os investidores a apontarem o país
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como o próximo, depois de Portugal, a precisar de ajuda, os juros estabilizaram, após uma semana de subidas expressivas.

A taxa de juro da dívida a 10 anos subiu 0,2 pontos base para 5,178%, a “yield” da dívida a cinco anos subiu 0,9 pontos base para 4,564% e na maturidade a dois anos recuou 2,1 pontos base para 3,484%.

A revista britânica "The Economist" escreveu, em editorial, que "o futuro do euro está nas mãos da Alemanha e do Banco Central Europeu (BCE) – afinal de contas, é lá que está o dinheiro. Mas neste momento, Zapatero é a chave. Se ele agir rapidamente, poderá desempenhar um papel vital para salvar a moeda do colapso".

Já na Irlanda, que já accionou o pedido de ajuda internacional e que apresentou esta semana o plano de austeridade para os próximos quatro anos, o comportamento dos juros não foi idêntico em todos os prazos.

Os juros da dívida a 10 anos subiram 15,5 pontos base para 9,122% enquanto na maturidade a dois anos os juros caíram 20,6 pontos base para 5,766%.



Fonte: Jornal de Negócios
 
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