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Detentora de vastíssimo património na cidade, a par da própria Câmara, a Santa Casa da Misericórdia do Porto significa, em ordem arbitrária, assistência, poder e notoriedade. É uma das maiores organizações sociais do país e vai amanhã, domingo, a votos.
Dos órgãos sociais destaca-se, naturalmente, a Mesa Administrativa, à qual concorrem duas listas encabeçadas pelo actual provedor, António Tavares (assumiu o cargo devido ao falecimento, em Março último, do antecessor, José Luís Novais) e Guimarães dos Santos, que já liderou a instituição entre 2004 e 2008. Enquanto o primeiro evoca os desafios dos novos tempos e a necessidade de lhes fazer frente, propondo novas formas de partição do dinheiro dos jogos sociais, o segundo centra-se mais na instituição e no ataque à situação presente, que rotula de "caos".
Pretende António Tavares exercer pressão para que a verba dos jogos seja gerida de modo diferente do actual, com a criação de "um grande fundo nacional", a gerir de forma tripartida entre a Segurança Social, o Ministério da Saúde e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, de que faz parte a União das Misericórdias. "Temos debatido, na União das Misericórdias, a importância de uma nova leitura das verbas dos jogos, que são geridas pela Segurança Social e pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que as destina a suprir carências na região de Lisboa e a programas governamentais", diz o candidato da Lista A.
Já o número um da Lista B, Guimarães dos Santos, promete "analisar a gestão vigente", primeiro, para depois apresentar "um plano de desenvolvimento específico da Misericórdia do Porto: um plano que substitua o caos total e as medidas avulsas que têm sido tomadas". Assumindo como prioridade a área social, e particularizando na Saúde, defende o relançamento do desenvolvimento do Centro Hospitalar Conde de Ferreira, que diz ter sido interrompido, e pretende negociar com o Governo áreas em que a Misericórdia poderá incrementar a sua participação, designadamente com que respeita aos cuidados primários de Saúde, "uma área carenciada a que a Misericórdia pode e deve dar um contributo".
A Misericórdia do Porto é, embora isso possa escapar à percepção do cidadão comum, uma instituição poderosíssima. Fundada em 1499, é a instituição do género com maior património do país, sendo, na cidade, o segundo maior senhorio (a seguir à Câmara Municipal). Dela são hospitais (Santo António, Conde de Ferreira, Prelada...), importantes complexos habitacionais, estabelecimentos de ensino, centros de acolhimento, edifícios históricos, a começar pela sede, Na Rua das Flores... É, também, dos maiores empregadores do concelho.
JN
Dos órgãos sociais destaca-se, naturalmente, a Mesa Administrativa, à qual concorrem duas listas encabeçadas pelo actual provedor, António Tavares (assumiu o cargo devido ao falecimento, em Março último, do antecessor, José Luís Novais) e Guimarães dos Santos, que já liderou a instituição entre 2004 e 2008. Enquanto o primeiro evoca os desafios dos novos tempos e a necessidade de lhes fazer frente, propondo novas formas de partição do dinheiro dos jogos sociais, o segundo centra-se mais na instituição e no ataque à situação presente, que rotula de "caos".
Pretende António Tavares exercer pressão para que a verba dos jogos seja gerida de modo diferente do actual, com a criação de "um grande fundo nacional", a gerir de forma tripartida entre a Segurança Social, o Ministério da Saúde e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, de que faz parte a União das Misericórdias. "Temos debatido, na União das Misericórdias, a importância de uma nova leitura das verbas dos jogos, que são geridas pela Segurança Social e pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que as destina a suprir carências na região de Lisboa e a programas governamentais", diz o candidato da Lista A.
Já o número um da Lista B, Guimarães dos Santos, promete "analisar a gestão vigente", primeiro, para depois apresentar "um plano de desenvolvimento específico da Misericórdia do Porto: um plano que substitua o caos total e as medidas avulsas que têm sido tomadas". Assumindo como prioridade a área social, e particularizando na Saúde, defende o relançamento do desenvolvimento do Centro Hospitalar Conde de Ferreira, que diz ter sido interrompido, e pretende negociar com o Governo áreas em que a Misericórdia poderá incrementar a sua participação, designadamente com que respeita aos cuidados primários de Saúde, "uma área carenciada a que a Misericórdia pode e deve dar um contributo".
A Misericórdia do Porto é, embora isso possa escapar à percepção do cidadão comum, uma instituição poderosíssima. Fundada em 1499, é a instituição do género com maior património do país, sendo, na cidade, o segundo maior senhorio (a seguir à Câmara Municipal). Dela são hospitais (Santo António, Conde de Ferreira, Prelada...), importantes complexos habitacionais, estabelecimentos de ensino, centros de acolhimento, edifícios históricos, a começar pela sede, Na Rua das Flores... É, também, dos maiores empregadores do concelho.
JN