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Bactéria comum pode fechar fissuras em edifícios

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Ser unicelular adquire a capacidade de selar com a mesma solidez do cimento


A BacillaFilla poderá prolongar a vida das estruturasInvestigadores da Universidade de Newcastle modificaram geneticamente uma bactéria (a BacillaFilla) – existente no solo em quase todo o mundo – que tem a capacidade de regenerar fissuras produzidas na estrutura do cimento. Quando este ser unicelular se encontra em contacto com o material, segrega carbonato de cálcio e uma espécie de cola que, em conjunto, adquirem a solidez da massa usada em construções.

Os autores provêm de diferentes áreas, tal como informática, engenharia civil, microbiologia ou bioquímica e participaram no concurso Internacional «Genetically Engineered Machines» (iGEM, o Máquinas Manipuladas Geneticamente), organizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Boston (EUA). O objectivo do iGEM é incentivar estudantes a desenvolver organismos, com técnicas de engenharia genética par criar “algo novo e útil”.

O projecto da Universidade de Newcastle centrou-se em prolongar a vida de estruturas cuja construção é ecologicamente dispendiosa. Os micróbios originais, bactéria comum presente no solo, foram modificados para posteriormente serem introduzidas nas fissuras. Estes, uma vez aplicados, começam a reproduzir-se e a excretar uma mescla de carbonato de cálcio e cola, que após endurecer adquire uma rigidez semelhante ao cimento e com a capacidade de selar.

A investigação contribui para prolongar a vida das estruturas expostas às agressões do meio ambiente e a um custo ridiculamente reduzido; para além, de funcionar como reparação positiva no impacto ecológico.
A equipa adiantou que “cinco por cento das emissões de carbono provêm da produção de cimento e está é uma actividade com contribuição substancial no aquecimento global e prolongar a vida das estruturas existentes significa reduzir o impacto nocivo no meio ambiente”.


Bactéria regenera fissuras nas construções.Gene auto-destrutivo

A BacillaFilla, devido a esta habilidade, poderá converter-se na invenção do ano. Seria particularmente útil em zonas propensas a terramotos, já que centenas de edifícios são derrubados. Contudo, um factor importante é o facto de não se saber se a bactéria poderia selar aberturas que fazem naturalmente parte da construção, ou seja, que não sejam fissuras.

Devido a esta dúvida, a equipa previu que esta apenas se reproduza quando estiver em contacto com o cimento. Adicionaram um gene de auto-destruição que a impeça sobreviver no meio ambiente.

Quando estes organismos se começam a introduzir nas fendas, sabe-se que iniciaram o processo devido ao aumento do número de bactérias em seu redor. Esta situação vai activar o funcionamento da colónia, composta por três indivíduos: os que produzem cristais de carbonato de cálcio, aqueles que convertem filamentos de reforço e os que produzem a cola, preenchendo o vazio na abertura. Agora apenas resta comprovar com eficácia o “mecanismo de auto-destruição” incorporado nos genes.


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