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A população de Parada do Bispo, em Lamego, acredita que o tribunal lhe vai dar razão e obrigar a Redes Energéticas Nacionais (REN) a alterar o projecto de alta tensão que criou um "estendal" em cima da freguesia. A empresa já contra-argumentou.
A instalação de linhas de alta e muito alta tensão entre Armamar e Valdigem (Lamego) está concluída, mas ainda não entrou em funcionamento. Está pendente da decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa, onde a população de Parada do Bispo entregou, em Agosto deste ano, uma acção popular e uma providência cautelar para travar o processo.
"Sabemos que a REN já foi chamada a apresentar os seus argumentos, mas nada mais", adiantou, ao JN, Alzira Carvalho, que lidera o protesto da população. Desolada com o "estendal de cabos de alta tensão" que povoam os céus da freguesia, não quer avançar com mais comentários até que o tribunal tome uma decisão. "Acreditamos que temos razão e que vai ser feita justiça", limita-se a afirmar.
O aglomerado de postes e a profusão de fios destoa numa zona que faz parte do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial. A intervenção ocorre numa área protegida que também faz parte da Rede Ecológica e da Reserva Agrícola nacionais. Entidades que tutelam a região, como a Estrutura de Missão do Douro e a Turismo do Douro, também já se pronunciaram negativamente, salientando que havia alternativas ao traçado das linhas.
Parada do Bispo conta também com o apoio do Bloco de Esquerda que conseguiu confirmação no Ministério do Ambiente de que uma linha, quando localizada em área sensível, apresente uma tensão maior ou igual a 110 kilovolts (kV), o respectivo licenciamento terá necessariamente que englobar um procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental.
No entanto, os serviços não têm conhecimento de que isso tenha acontecido na linha Armamar-Carrapatelo 1 e 2 (220kV).
Ao JN, a REN já adiantou que "cumpre escrupulosamente os mais exigentes critérios, normas e recomendações da União Europeia" sobre o transporte de energia. Acrescentou que todas as intervenções realizadas "foram apreciadas pela Agência Portuguesa do Ambiente e mereceram o respectivo licenciamento por parte das entidades competentes". E frisou que ao longo de todo o projecto "foi sempre possível chegar a acordo com as centenas de proprietários e entidades envolvidas".
A linha Armamar-Lagoaça atravessa, no seu troço final, o Parque Natural do Douro Internacional, mas segundo a REN "não interfere com a área classificada".
JN
A instalação de linhas de alta e muito alta tensão entre Armamar e Valdigem (Lamego) está concluída, mas ainda não entrou em funcionamento. Está pendente da decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa, onde a população de Parada do Bispo entregou, em Agosto deste ano, uma acção popular e uma providência cautelar para travar o processo.
"Sabemos que a REN já foi chamada a apresentar os seus argumentos, mas nada mais", adiantou, ao JN, Alzira Carvalho, que lidera o protesto da população. Desolada com o "estendal de cabos de alta tensão" que povoam os céus da freguesia, não quer avançar com mais comentários até que o tribunal tome uma decisão. "Acreditamos que temos razão e que vai ser feita justiça", limita-se a afirmar.
O aglomerado de postes e a profusão de fios destoa numa zona que faz parte do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial. A intervenção ocorre numa área protegida que também faz parte da Rede Ecológica e da Reserva Agrícola nacionais. Entidades que tutelam a região, como a Estrutura de Missão do Douro e a Turismo do Douro, também já se pronunciaram negativamente, salientando que havia alternativas ao traçado das linhas.
Parada do Bispo conta também com o apoio do Bloco de Esquerda que conseguiu confirmação no Ministério do Ambiente de que uma linha, quando localizada em área sensível, apresente uma tensão maior ou igual a 110 kilovolts (kV), o respectivo licenciamento terá necessariamente que englobar um procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental.
No entanto, os serviços não têm conhecimento de que isso tenha acontecido na linha Armamar-Carrapatelo 1 e 2 (220kV).
Ao JN, a REN já adiantou que "cumpre escrupulosamente os mais exigentes critérios, normas e recomendações da União Europeia" sobre o transporte de energia. Acrescentou que todas as intervenções realizadas "foram apreciadas pela Agência Portuguesa do Ambiente e mereceram o respectivo licenciamento por parte das entidades competentes". E frisou que ao longo de todo o projecto "foi sempre possível chegar a acordo com as centenas de proprietários e entidades envolvidas".
A linha Armamar-Lagoaça atravessa, no seu troço final, o Parque Natural do Douro Internacional, mas segundo a REN "não interfere com a área classificada".
JN