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Académico diz que fuga de informação revela "o que já se sabia"

florindo

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Out 11, 2006
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A divulgação de 250 mil documentos secretos da diplomacia norte-americana "vem revelar o que já se sabia", segundo o académico Vítor Marques dos Santos, que considera que as relações dos EUA com os países aliados não serão afectadas.


"Na minha opinião, poderão haver da parte dos Estados Unidos algumas rectificações ou correcções, mas nada mais do que isso", declarou o professor-associado de Relações Internacionais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

Vitor Marques dos Santos reagiu assim à divulgação de cerca de 250 mil documentos do Departamento de Estado norte-americano revelados pelo site Wikileaks.

Entre as revelações estão considerações pouco abonatórias em relação a alguns dos principais líderes mundiais, além de informações sobre o facto dos principais financiadores da rede terrorista al-Qaeda serem sauditas, assim como a obtenção pelo Irão à Coreia do Norte de mísseis capazes de atingir a Europa Ocidental.

Outras revelações dizem respeito às conversações entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul sobre uma eventual unificação da Coreia ou o pedido formulado aos diplomatas norte-americanos para intensificarem a recolha de informações sobre dirigentes estrangeiros, nomeadamente o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

"Penso que algumas destas afirmações só são novidade para a opinião pública", desvalorizou Vítor Marques dos Santos, sublinhando que todas as conversas informais que são tornadas públicas "geram polémica" e que a controvérsia em torno deste caso em concreto reside no facto de "não ser habitual as revelações envolverem diplomatas".

Além disso, "as áreas da política externa e da Defesa estão habitualmente muito afastadas da opinião pública, dado que são áreas que não dão votos. As pessoas associam estas áreas ao interesse nacional e preferem dedicar-se e debater as políticas sectoriais", explicou, justificando o impacto que esta fuga de informação está a gerar.

Determinante para o académico é o facto desta fuga de informação - já considerada a maior da História - revelar "uma imensa vulnerabilidade nos sistemas informáticos" da Defesa norte-americana, uma situação que "terá de ser resolvida" o quanto antes.

"Pela primeira vez foram revelados os meandros de algumas democracias e políticas externas, que são sempre complexos", concluiu o académico.

JN
 
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