- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,985
- Gostos Recebidos
- 346
Na última década, a percentagem de estrangeiras entre as mulheres detidas nas prisões portuguesas passou de 11,4% (em 2000) para 31,9% (em 2009), segundo um estudo efectuado pela Universidade Católica do Porto.
"Trajectórias de Vida de Reclusas de Nacionalidade Estrangeira em Portugal" é o nome do estudo efectuado pela Universidade Católica do Porto.
Coordenado por Raquel Matos, da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica (FEP-UCP), o estuda analisa as características sociodemográficas e jurídico-penais de reclusas estrangeiras, bem como as suas trajectórias de vida, procurando compreender aspectos relacionados com a violência de género e as experiências de reclusão.
Na última década, os dados mostram que a percentagem de estrangeiras entre as mulheres reclusas passou de 11,4% (em 2000) para 31,9% (em 2009).
Segundo a Direcção Geral de Serviços Prisionais, a população prisional distribui-se de modo muito desigual entre portugueses (79,8%) e estrangeiros (20,2%), sendo que o peso relativo dos estrangeiros entre as mulheres é maior.
Enquanto os homens estrangeiros representam 19,6% da população reclusa masculina, as mulheres estrangeiras representam 28,2% das reclusas. Por distribuição de nacionalidade, 49,6% dos reclusos estrangeiros é proveniente dos PALOP.
Em termos etários, a idade média é de 36 anos, embora com alguma diferença por género (média de 35,8 anos para o universo masculino e de 38 anos para o universo feminino).
No caso feminino, regista-se um acentuar do envelhecimento das reclusas suportado pelo aumento médio das reclusas estrangeiras. Tal evidência pode significar a utilização de mulheres mais velhas no tráfico de estupefacientes (o crime mais frequente).
A recolha de dados foi, até ao momento, efectuada a partir do estudo dos processos das reclusas estrangeiras que se encontram nos estabelecimentos prisionais de Tires e de Santa Cruz do Bispo.
As conclusões do primeiro ano de investigação serão divulgadas amanhã, sexta-feira, no âmbito do I Encontro sobre "Género, Nacionalidade e Reclusão".
Raquel Matos irá liderar o debate, que conta, ainda, com a presença de oradores de instituições como a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, entre outros agentes que têm contribuído para a compreensão dos fenómenos em discussão.
Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, este projecto tem a duração de dois anos.
JN
"Trajectórias de Vida de Reclusas de Nacionalidade Estrangeira em Portugal" é o nome do estudo efectuado pela Universidade Católica do Porto.
Coordenado por Raquel Matos, da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica (FEP-UCP), o estuda analisa as características sociodemográficas e jurídico-penais de reclusas estrangeiras, bem como as suas trajectórias de vida, procurando compreender aspectos relacionados com a violência de género e as experiências de reclusão.
Na última década, os dados mostram que a percentagem de estrangeiras entre as mulheres reclusas passou de 11,4% (em 2000) para 31,9% (em 2009).
Segundo a Direcção Geral de Serviços Prisionais, a população prisional distribui-se de modo muito desigual entre portugueses (79,8%) e estrangeiros (20,2%), sendo que o peso relativo dos estrangeiros entre as mulheres é maior.
Enquanto os homens estrangeiros representam 19,6% da população reclusa masculina, as mulheres estrangeiras representam 28,2% das reclusas. Por distribuição de nacionalidade, 49,6% dos reclusos estrangeiros é proveniente dos PALOP.
Em termos etários, a idade média é de 36 anos, embora com alguma diferença por género (média de 35,8 anos para o universo masculino e de 38 anos para o universo feminino).
No caso feminino, regista-se um acentuar do envelhecimento das reclusas suportado pelo aumento médio das reclusas estrangeiras. Tal evidência pode significar a utilização de mulheres mais velhas no tráfico de estupefacientes (o crime mais frequente).
A recolha de dados foi, até ao momento, efectuada a partir do estudo dos processos das reclusas estrangeiras que se encontram nos estabelecimentos prisionais de Tires e de Santa Cruz do Bispo.
As conclusões do primeiro ano de investigação serão divulgadas amanhã, sexta-feira, no âmbito do I Encontro sobre "Género, Nacionalidade e Reclusão".
Raquel Matos irá liderar o debate, que conta, ainda, com a presença de oradores de instituições como a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, entre outros agentes que têm contribuído para a compreensão dos fenómenos em discussão.
Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, este projecto tem a duração de dois anos.
JN