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Novo negócio de "droga legal" motiva franchise

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É um modelo em crescimento na Europa e que se reflecte em Portugal: o país tem já oito smartshops e a mais recente abre hoje, sábado, no Porto - incluindo a vertente, pioneira, de coffeeshop. Explora zonas cinzentas da lei e vende substâncias que são "drogas legais".

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É uma loja de dois andares e 300 metros quadrados. No piso de entrada tem vitrinas espalhadas pelas paredes com saquinhos, caixinhas coloridas e utensílios de fumar ou de enrolar, tudo tabelado com pequenos cartões que explicitam os preços. É a zona de smartshop, está aberta a consumidores adultos e o ambiente assemelha-se a um ervanário ou a uma pequena sexshop.

Na cave, onde há música e a iluminação faz as paredes mudar permanentemente de cor, é a zona de coffeeshop onde se pode fumar. Tem um bar, sofás vermelhos, bancos de balcão, jukebox e mesa de bilhar. É uma área fechada, sem janelas, e para entrar é necessário ser sócio - para o que basta preencher uma ficha, gratuita, e ser membro.

A loja chama-se Little Amsterdam, abre hoje no Porto, na Avenida Camilo, ao Bonfim, e é a primeira coffeeshop portuguesa (na vertente smartshop é a oitava a aparecer no país: há quatro em Lisboa, uma em Cascais, uma em Aveiro e outra no Porto).

É um novo modelo de negócio: vende smartdrugs, as chamadas "drogas legais", substâncias herbais, ditas naturais, que podem ser relaxantes, afrodisíacas ou alucinogénias - e que não constam da listagem de produtos proibidos anexa à lei 15/93, que enumera as substâncias legalmente sujeitas a controle e proibição.

O negócio, que prospera em vários países da Europa comunitária e se desenvolve também em Portugal, é legítimo, confirmou o JN junto do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT). "É legal porque existe uma zona de penumbra na lei, com buracos legais", diz João Goulão, presidente do IDT. "É uma questão que exige actualização por parte de técnicos e de juristas".

Dirigida a consumidores recreativos, a Little Amsterdam vende substitutos de drogas ilícitas e inclui substâncias para vários tipos de sensações, desde relaxamento, concentração, alucinação, estímulo sexual ou suplemento de energia.

O cardápio vai de encontro a essas necessidades: variações de cannabis (Fantasy Mix ou Spliff Mix, 1g/6euro, 5g/20euro), de sementes LSD (Isa, 4 sementes/21euro), substitutos de ecstasy (Till Dawn, 4 cápsulas/10euro), substitutos de ópio (folha de Kratom, 20g/17euro) ou "energéticos sexuais", como o Sex Opium Liquid (10ml/25euro) ou "Venicon" (4 comprimidos/13euro).

"São substâncias alternativas, mais saudáveis, mais seguras, mais económicas e com efeitos em tudo semelhantes", diz Vitor Lopes, empresário que gere a sociedade de três investidores que constitui a Little Amsterdam Lda.

"Queremos dar um contributo social no que concerne o uso de drogas recreativas", esclarece, sublinhando que possui alvará de exploração comercial, licença sanitária e Livro de Reclamações, além de ter criado dois postos de trabalho e pagar 21% de IVA.

JN
 
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