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Duas novas antologias de Florbela Espanca e Bocage vão ser lançadas amanhã pela Faktoria K de Livros, uma chancela da editora Kalandraka. A componente ilustrada é o principal factor distintivo das edições, que têm como objectivo chegar a outros mercados.
São 13 os poemas reunidos de cada um dos autores, precisamente o número que dá título à colecção onde os livros vão ser publicados ("13 Luas", uma alusão ao calendário lunar). Mas, embora os poemas sejam os mesmos que há anos têm cativado gerações sucessivas de leitores (como são os casos de "Ser poeta" e "A minha morte", ambos da poetisa natural de Vila Viçosa), as duas antologias distinguem-se das inúmeras já existentes, por força da releitura interpretativa feita pelos dois ilustradores, Joana Rêgo e André da Loba.
"O diálogo entre os poemas e as ilustrações" é, como sublinha a directora editorial da Kalandraka, Margarida Noronha, a componente mais forte dos livros.
Apreciadores de longa data dos escritos dos dois poetas, os ilustradores foram convidados a partilhar a visão suscitada por sonetos cuja data de criação teve a separá-los mais de um século. Se Loba (jovem artista português que reside actualmente em Nova Iorque) optou por um registo cromático semelhante ao de Miró, Rêgo estreia-se na ilustração com uma série de desenhos e colagens.
"São livros que não se dirigem a um público-alvo definido. Tanto podem interessar a crianças a partir dos dez anos como a um público sénior", refere a editora.
Sediada na Galiza, a Kalandraka opera em Portugal desde 2002, tal como acontece com a Itália e o Brasil. São estes, aliás, os países nos quais a subsidiária portuguesa da editora quer lançar ambos os livros.
A obra inaugural da colecção, lançada no ano passado, foi dedicada a Fernando Pessoa e prevê-se que possa ser publicada naqueles mercados ao longo do próximo ano.
A escolha de Florbela e Bocage para prosseguir a colecção tem propósitos diferentes. Enquanto, no primeiro caso, pretende-se homenagear a poetisa por ocasião do 80ª aniversário da sua morte, a assinalar na próxima quarta-feira; Bocage, por seu turno, "encontra-se injustamente esquecido", reitera a responsável editorial, que dá como exemplo dessa crescente desatenção colectiva a exclusão do estudo da sua obra dos programas escolares mais recentes.
A primeira apresentação de ambas as edições é já amanhã - na Ler Devagar, da LX Factory, em Lisboa, às 21.30 horas, com a presença dos ilustradores -, mas será no decorrer da próxima semana que se concentra a generalidade dos lançamentos, com seis sessões previstas.
Livraria Papa Livros (Porto, na terça-feira e no sábado, dia 11), Biblioteca Florbela Espanca (Matosinhos, quarta-feira), Bertrand Fórum (Aveiro, quarta), No Feminino Com (Porto, quinta) e ESAD (Matosinhos, sexta) são os locais que vão acolher sessões.
JN
São 13 os poemas reunidos de cada um dos autores, precisamente o número que dá título à colecção onde os livros vão ser publicados ("13 Luas", uma alusão ao calendário lunar). Mas, embora os poemas sejam os mesmos que há anos têm cativado gerações sucessivas de leitores (como são os casos de "Ser poeta" e "A minha morte", ambos da poetisa natural de Vila Viçosa), as duas antologias distinguem-se das inúmeras já existentes, por força da releitura interpretativa feita pelos dois ilustradores, Joana Rêgo e André da Loba.
"O diálogo entre os poemas e as ilustrações" é, como sublinha a directora editorial da Kalandraka, Margarida Noronha, a componente mais forte dos livros.
Apreciadores de longa data dos escritos dos dois poetas, os ilustradores foram convidados a partilhar a visão suscitada por sonetos cuja data de criação teve a separá-los mais de um século. Se Loba (jovem artista português que reside actualmente em Nova Iorque) optou por um registo cromático semelhante ao de Miró, Rêgo estreia-se na ilustração com uma série de desenhos e colagens.
"São livros que não se dirigem a um público-alvo definido. Tanto podem interessar a crianças a partir dos dez anos como a um público sénior", refere a editora.
Sediada na Galiza, a Kalandraka opera em Portugal desde 2002, tal como acontece com a Itália e o Brasil. São estes, aliás, os países nos quais a subsidiária portuguesa da editora quer lançar ambos os livros.
A obra inaugural da colecção, lançada no ano passado, foi dedicada a Fernando Pessoa e prevê-se que possa ser publicada naqueles mercados ao longo do próximo ano.
A escolha de Florbela e Bocage para prosseguir a colecção tem propósitos diferentes. Enquanto, no primeiro caso, pretende-se homenagear a poetisa por ocasião do 80ª aniversário da sua morte, a assinalar na próxima quarta-feira; Bocage, por seu turno, "encontra-se injustamente esquecido", reitera a responsável editorial, que dá como exemplo dessa crescente desatenção colectiva a exclusão do estudo da sua obra dos programas escolares mais recentes.
A primeira apresentação de ambas as edições é já amanhã - na Ler Devagar, da LX Factory, em Lisboa, às 21.30 horas, com a presença dos ilustradores -, mas será no decorrer da próxima semana que se concentra a generalidade dos lançamentos, com seis sessões previstas.
Livraria Papa Livros (Porto, na terça-feira e no sábado, dia 11), Biblioteca Florbela Espanca (Matosinhos, quarta-feira), Bertrand Fórum (Aveiro, quarta), No Feminino Com (Porto, quinta) e ESAD (Matosinhos, sexta) são os locais que vão acolher sessões.
JN