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Burlas com carros rendem 500 mil euros

florindo

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Durante um ano e dois meses, um grupo de 26 indivíduos conseguiu ganhar meio milhão de euros em burlas na aquisição de viaturas. Estas eram pagas com cheques supostamente visados por bancos. Mas, afinal, eram carecas e tinham sido dado como roubados.

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A rede operou nas zonas Norte e Centro, mas em especial no Grande Porto, tinha um núcleo duro de quatro elementos. Era liderada por um indivíduo já experimentado em casos de fraudes bancárias, com antecedentes policiais e que engendrou o esquema logo após ter saído da cadeia, em 2004.

Antes, estivera em prisão preventiva por envolvimento de um caso que envolvia desvios de vários milhões de euros oriundos de bancos estrangeiros e levantados em Portugal, através de um sistema de transferências bancárias conhecido como "swift". As ordens de transferência partiram de bancos dos Estados Unidos e países europeus mas essas entidades, presumivelmente lesadas, nunca se queixaram. Razão pela qual todos os arguidos acabaram absolvidos, com o dinheiro no bolso.

No novo caso de burlas, o modo de actuação iniciava-se pela procura de automóveis de gama média-alta à venda, quer na rua, quer através de anúncios na imprensa. Preferidos eram BMW, Audi e Volkswagen. Depois, os anunciantes eram contactados por elementos do grupo, que marcavam encontros e mostravam-se interessados em fazer negócio.

O passo seguinte era combinar o dia, hora e local de entrega das viaturas. Nessa altura, eram entregues cheques visados em nome de pessoas com quem os vendedores pensaram estar a negociar e, mediante essa entrega, eram passadas as respectivas declarações de venda.

Só quando chegavam aos bancos é que os donos dos carros detectaram o logro em que caíram: os cheques foram dados como roubados e tinham sido usados carimbos e selos brancos falsos para conferir a ideia de que se tratava de documentos autênticos.

Depois disso, os vendedores nunca mais viram os burlões. Que, entretanto, tratavam de revender rapidamente as viaturas. Para isso, contactaram vários standes, do Grande Porto, que adquiriram os carros, embora, presumivelmente, não sabendo de que provinham de burlas. Para não deixar rasto, os burlões exigiam, a todos os comerciantes, que os pagamentos fossem efectuados em notas.

No esquema, além dos quatro elementos do núcleo duro, intervieram nos negócios mais 22 indivíduos que assumiram diferentes papéis, em especial o de servirem de "testas-de-ferro" para enganar os vendedores.

Entre Setembro de 2004 e Novembro de 2005, data em que a Polícia Judiciária do Porto deteve os principais envolvidos, em investigação iniciada na sequência de dezenas de queixas, o grupo conseguiu lucros de 500 mil euros em negócios de 25 carros.

Na maior parte dos casos, as viaturas foram vendidas com um grande "desconto" relativamente ao preço pretendido pelos vendedores iniciais que acabaram burlados. O que contribuiu para cativar o interesse dos comerciantes.

Os 26 indivíduos estão acusados de crimes de associação criminosa, burla agravada, falsificação e detenção de armas proibidas. O julgamento está já marcado para Maio, no Tribunal de Gaia.

JN
 
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