- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,993
- Gostos Recebidos
- 354
PS e PCP sugerem 15 alterações à proposta de Orçamento para a Câmara do Porto
Os seis vereadores da Oposição na Câmara do Porto vão votar hoje, terça-feira, contra o Orçamento municipal para 2011, devido à redução do investimento. PS e PCP, que sugerem 15 alterações, consideram que o documento reflecte um "Executivo em serviços mínimos".
"É um documento que confirma a ideia de que este Executivo está a viver os dias finais de mandato. Dá a sensação de que Rui Rio está com os olhos fora da plataforma da cidade do Porto, tal é a escassez de projectos e investimentos. O Executivo está em serviços mínimos". Assim sintetiza o vereador socialista Correia Fernandes a proposta de Orçamento municipal que hoje, terça-feira, vai ser votada em reunião da Câmara do Porto, concordando com os eleitos do PCP na Assembleia Municipal que acusam Rui Rio de visar "objectivos além da cidade do Porto".
A prova de que o orçamento reflecte uma gestão corrente da cidade serão os cortes no investimento. "O montante proposto, de 47,4 milhões de euros, representa uma redução de quase 40% face a 2005 (76,8 milhões de euros). É o valor mais baixo em quase duas décadas", destaca Correia Fernandes, exemplificando com o caso do Mercado do Bolhão, em que do "compromisso de 20 milhões de euros" se passa para uma dotação de 900 mil euros. "É inacreditável e quase insultuoso. Provavelmente, nem chegará para os projectos na especialidade", acrescenta.
O PCP, por sua vez, critica que, "numa altura de cortes em investimentos e na área social, se continue a realizar as "Corridas da Boavista"". "Este facto torna-se ainda mais escandaloso quando é sabido que, ao nível da reabilitação dos bairros municipais, a coligação PSD/CDS infligiu um severo corte, com a passagem das verbas orçamentadas de 19,5 para 15 milhões, o que representa uma quebra de 23%", destaca o deputado municipal Pedro Carvalho.
Os comunistas, que têm um vereador (Rui Sá), contrapõem ainda os cortes nos bairros com a promoção a Direcção Municipal do Gabinete de Comunicação, que fica com uma dotação de 569 mil euros, "sete vezes superior à do Gabinete de Estudos". "Estas simples comparações são elucidativas da obsessão que Rui Rio mantém na área da propaganda, de forma a "alimentar" uma imagem que lhe permita a concretização das suas ambições pessoais", conclui Pedro Carvalho.
A Oposição critica, por outro lado, a redução sistemática do montante global do Orçamento, levando à "perda" em cinco anos de "25% da capacidade de intervenção" da Autarquia. E contesta a incapacidade do Executivo em encontrar receitas, "limitando-se a procurar alguns recursos na alienação do património".
JN
Os seis vereadores da Oposição na Câmara do Porto vão votar hoje, terça-feira, contra o Orçamento municipal para 2011, devido à redução do investimento. PS e PCP, que sugerem 15 alterações, consideram que o documento reflecte um "Executivo em serviços mínimos".
"É um documento que confirma a ideia de que este Executivo está a viver os dias finais de mandato. Dá a sensação de que Rui Rio está com os olhos fora da plataforma da cidade do Porto, tal é a escassez de projectos e investimentos. O Executivo está em serviços mínimos". Assim sintetiza o vereador socialista Correia Fernandes a proposta de Orçamento municipal que hoje, terça-feira, vai ser votada em reunião da Câmara do Porto, concordando com os eleitos do PCP na Assembleia Municipal que acusam Rui Rio de visar "objectivos além da cidade do Porto".
A prova de que o orçamento reflecte uma gestão corrente da cidade serão os cortes no investimento. "O montante proposto, de 47,4 milhões de euros, representa uma redução de quase 40% face a 2005 (76,8 milhões de euros). É o valor mais baixo em quase duas décadas", destaca Correia Fernandes, exemplificando com o caso do Mercado do Bolhão, em que do "compromisso de 20 milhões de euros" se passa para uma dotação de 900 mil euros. "É inacreditável e quase insultuoso. Provavelmente, nem chegará para os projectos na especialidade", acrescenta.
O PCP, por sua vez, critica que, "numa altura de cortes em investimentos e na área social, se continue a realizar as "Corridas da Boavista"". "Este facto torna-se ainda mais escandaloso quando é sabido que, ao nível da reabilitação dos bairros municipais, a coligação PSD/CDS infligiu um severo corte, com a passagem das verbas orçamentadas de 19,5 para 15 milhões, o que representa uma quebra de 23%", destaca o deputado municipal Pedro Carvalho.
Os comunistas, que têm um vereador (Rui Sá), contrapõem ainda os cortes nos bairros com a promoção a Direcção Municipal do Gabinete de Comunicação, que fica com uma dotação de 569 mil euros, "sete vezes superior à do Gabinete de Estudos". "Estas simples comparações são elucidativas da obsessão que Rui Rio mantém na área da propaganda, de forma a "alimentar" uma imagem que lhe permita a concretização das suas ambições pessoais", conclui Pedro Carvalho.
A Oposição critica, por outro lado, a redução sistemática do montante global do Orçamento, levando à "perda" em cinco anos de "25% da capacidade de intervenção" da Autarquia. E contesta a incapacidade do Executivo em encontrar receitas, "limitando-se a procurar alguns recursos na alienação do património".
JN